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Após vazamento de vídeo íntimo, bispo renuncia à Diocese de Rio Preto, no interior de SP

Em 2018, ele foi investigado pelo Vaticano em denúncias de abusos sexuais e deixou cargo ligado à CNBB.

RIO PRETO - O bispo Tomé Ferreira da Silva renunciou ao cargo na Diocese de São José do Rio Preto (SP). O pedido foi aceito pelo Papa Francisco e divulgado nesta quarta-feira (18) pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A renúncia do bispo ocorreu após um vídeo íntimo dele vazar nas redes sociais. As imagens, que mostram o religioso seminu e acariciando o órgão sexual em uma videochamada, viralizaram na última sexta-feira (13).
 
Desde então, o bispo não se pronunciou sobre o caso. Em 2018, ele foi investigado por suposta omissão em casos de abuso sexuais.
 
A Diocese informou que não vai se pronunciar sobre o caso. 
 
De acordo com um comunicado publicado no site da CNBB, com a saída de Tomé Ferreira, o arcebispo de Ribeirão Preto (SP), Moacir Silva, foi nomeado para o cargo.
 
"A Nunciatura Apostólica informa que o Santo Padre aceitou hoje o pedido de renúncia ao governo pastoral da Diocese de São José do Rio Preto, apresentada por S. Excia. D. Tomé Ferreira da Silva, nomeando, ao mesmo tempo, como Administrador Apostólico, o Exmo. Sr. D. Moacir Silva, arcebispo de Ribeirão Preto", diz o comunicado divulgado pela CNBB.
 
Em setembro 2018, dom Tomé renunciou ao cargo vinculado à CNBB de coordenador regional da Arquidiocese de Ribeirão Preto.
 
A renúncia ocorreu um mês após revelação que o Vaticano investigava o bispo por suposta omissão em casos de abuso sexuais praticados por padres da diocese. O próprio Dom Tomé teria trocado mensagens de cunho sexual com um jovem na época.
 
Tomé entregou o cargo de representante da sub-região da arquidiocese de Ribeirão Preto durante reunião com os bispos das dioceses de Barretos, Catanduva, Jales e Votuporanga, que estavam subordinados ao bispo de Rio Preto.
 
Ele foi eleito coordenador regional em 2015 para um mandato de quatro anos. Na época, o bispo de Barretos, dom Milton Kenan Júnior, assumiu o comando da regional no lugar de Tomé.
 
Em 2018, a Igreja Católica enviou um representante a Rio Preto para uma investigação sigilosa de denúncias de abusos sexuais que teriam ocorrido na diocese, administrada pelo bispo Tomé Ferreira da Silva.
 
A apuração do Vaticano envolveu denúncias de uma suposta omissão de dom Tomé em relação às denúncias de abuso sexual praticado por padres.
 
O representante indicado pelo Vaticano foi dom José Negri, bispo da Diocese Santo Amaro e amigo pessoal do Papa Francisco.
 
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