- Atualizado em 08:23

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Suspeito de matar bancária chega hoje a Tupã

Ex-marido, preso nesta quarta-feira (27), fugiu deixando a faca cravada no peito da vítima.

TUPÃ - Chega hoje (29) até o final da tarde a Tupã, Aílton Basílio, principal suspeito pelo assassinato da bancária Débora Goulart, morta a facadas no dia 22 de agosto. Ele foi preso anteontem (27) no aeroporto de Teresópolis no Rio de Janeiro, vindo de Foz do Iguaçu (PR). Ele já tinha mandado de prisão pelo assassinato da bancária. Aílton e Débora foram casados por 10 anos, e era considerado foragido.

Além de provas e informações de testemunhas, a impressão digital do suspeito de matar a ex-mulher em Tupã, que ficou marcada no sangue encontrado na faca usada no crime em agosto deste ano, também ajudou a polícia nas investigações sobre a autoria do feminicídio.

O suspeito já havia sido flagrado por câmeras de segurança no aeroporto de Foz do Iguaçu no começo da semana e por meio dessas imagens, a Polícia Civil de Tupã, que já estava monitorando o homem desde a época do crime, conseguiu descobrir que o destino dele tinha sido o Rio de Janeiro.

De acordo com a delegada Milena Davoli, responsável pelo caso, foi possível identificar na faca do crime a digital porque o sangue secou e deixou a marca. Ainda de acordo com a delegada, Débora foi atingida por três facadas e Aílton fugiu deixando a faca cravada no peito da vítima.

A delegada foi com uma equipe da Polícia Civil de Tupã ao Rio de Janeiro, onde o homem foi preso, e deve retornar com ele para a cidade nesta sexta-feira (29).

Ainda segundo os laudos da perícia, antes de ser esfaqueada, Débora foi espancada e chegou a ficar desfigurada. Após o crime, Aílton, que é fisiculturista e, segundo a delegada, era sustentado financeiramente pela ex-mulher, fugiu com o carro da vítima. O veículo foi encontrado em Maringá (PR) no dia 18 de setembro.

Dinheiro e Prisão

Quando foi preso em Teresópolis, o suspeito estava em uma pousada e com ele foram encontrados R$ 24 mil. De acordo com os policiais que prenderam o suspeito, ele confessou o crime e disse que há um mês estava "peregrinando" por várias cidades depois de sacar todo o dinheiro que tinha em uma conta.

Aílton também contou aos agentes que fugiu de carro até Maringá (PR), onde abandonou o veículo, sacou todo o dinheiro que tinha em uma conta e pegou um vôo para o Rio de Janeiro, afirmando que perguntou a um taxista sobre uma cidade tranquila e seguiu para Teresópolis.

Aílton e Débora eram casados há mais de 10 anos, mas segundo testemunhas o relacionamento estaria em crise e a bancária havia pedido o divórcio. Aílton, então, passou a se comportar de forma agressiva com a ex.

Débora já havia registrado boletim de ocorrência contra o ex-marido por violência doméstica. Segundo testemunhas, o suspeito buscou Débora no trabalho, no dia 21 de agosto, e ela não foi mais vista.

Duas amigas tentaram contato com a vítima e, como não conseguiram, foram até a casa dela, quando chamaram a polícia, que encontrou a bancária já morta, na manhã de 22 de agosto. O caso gerou revolta na cidade e centenas de pessoas fizeram uma passeata pelas ruas do município em protesto contra a violência, no dia 26 de agosto.

 

 

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