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Justiça mantém prisão de suspeita de atear fogo em casa e matar irmão cadeirante, em Martinópolis

Defesa sustenta que "incêndio aconteceu de forma acidental".

MARTINÓPOLIS - A Justiça manteve a prisão temporária da irmã do cadeirante que teve 80% do corpo queimados em um incêndio registrado no dia 6 de março, no Jardim Primavera, em Martinópolis (SP). A audiência de custódia aconteceu nesta quarta-feira (22) e a mulher foi encaminhada à Cadeia de Tupi Paulista (SP).
 
A prisão é válida por 30 dias e, após esse período, o juiz decidirá se ela será convertida em preventiva ou se acolherá o pedido da defesa para conceder a liberdade provisória da investigada.
 
A mulher é suspeita de ter provocado as chamas que vitimaram seu irmão, Marcelo Pereira Santos, de 46 anos. Ele morreu na segunda-feira (20), após 14 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente (SP).
 
Durante o inquérito policial instaurado para investigar o caso, o delegado Renato Pinheiro representou pela prisão temporária da mulher, de 48 anos. O pedido foi acatado pela Justiça e os agentes cumpriram o mandado de prisão na tarde desta terça-feira (21), em Martinópolis.
 
O advogado de defesa da indiciada, Wilson Braga Júnior, informou nesta quarta-feira (22) que aguardará as conclusões das investigações, mas sustenta que o incêndio aconteceu “de forma acidental”.
 
A gente vai aguardar a conclusão das investigações, ainda é muito cedo para se manifestar. A gente sustenta que, conhecendo o caráter dela, a reputação dela na sociedade local, que o incêndio aconteceu de forma acidental. O fato está sendo investigado, nenhuma possibilidade é descartada pela Polícia Civil, inclusive de um incêndio criminoso, trabalha-se também com essa hipótese, mas a defesa sustenta que foi um incêndio acidental e que ela é inocente”, disse o advogado.
 
Polícia Civil
 
A Polícia Civil informou que segue investigando o caso e, até o momento, “há indícios de que o incêndio tenha sido causado de maneira proposital”.
 
A Polícia Civil de Martinópolis apurou que há fortes indícios de o incêndio ter sido causado de forma criminosa pela própria irmã da vítima”, informou o delegado Renato Pinheiro, que havia representado pela prisão temporária da mulher.
 
Ainda de acordo com ele, testemunhas disseram que Marcelo Pereira Santos, quando ainda estava consciente, “relatou que a irmã tinha ateado fogo na casa e o agredido fisicamente”.
 
A Polícia Civil ainda aguarda os laudos da perícia técnica do incêndio.
 
O incêndio
 
Os dois irmãos ficaram feridos no último dia 6 de março, durante um incêndio que atingiu a residência onde moravam.
 
As vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e encaminhadas à Santa Casa de Misericórdia da cidade para receber atendimento.
 
De acordo com a corporação, os irmãos foram resgatados dentro do imóvel, sendo que o homem tinha deficiência física e fazia uso de cadeira de rodas para se locomover.
 
Ele sofreu ferimentos graves, enquanto a mulher apresentou lesões de natureza leve.
 
Posteriormente, os irmãos foram transferidos para o HR, em Presidente Prudente, onde Marcelo Pereira Santos faleceu nesta segunda-feira (20).
 
Em nota, o HR informou que o paciente “deu entrada na unidade no último dia 6 deste mês, onde foi prontamente atendido pela equipe médica e multiprofissional. Devido à gravidade de seu quadro clínico, o óbito foi constatado às 03h20 da madrugada desta segunda-feira”.
 
Já a irmã, “deu entrada no pronto-socorro da unidade às 22h18 do dia 10 de março, sendo prontamente atendida pela equipe médica e multiprofissional”.
 
Devido à estabilidade do seu quadro clínico, ela recebeu alta hospitalar na última quarta-feira (15), às 14h45", concluiu o hospital.
 
Sepultamento
 
Marcelo Pereira Santos foi velado na própria segunda-feira, às 14h30, em uma casa de velórios na Avenida Padre João Schnneider, em Martinópolis.
 
O sepultamento foi realizado às 17h, no Cemitério Municipal.
 
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