Polí­cia

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Criminosos presos por fraude em Auxílio Emergencial ostentavam vida de luxo

'Vida fácil sem trabalho árduo' diz delegada da PF.

REGIONAL - Criminosos presos pela Polícia Federal de Araçatuba (SP) durante a deflagração das operações “Vida Fácil I e II” usavam o dinheiro obtido com fraudes no Auxílio Emergencial para comprar veículos e imóveis de luxo, segundo informou a delegada Daniela Ferreira Mauro Braga.

Nesta quarta-feira (24), foram cumpridos 54 mandados de busca e apreensão em Araçatuba, Birigui, São José do Rio Preto, Bauru, Marília (SP), Anápolis (GO), Porto de Galinhas (PE) e Maringá (PR).
 
Ao todo, 15 pessoas foram presas suspeitas de integrar duas quadrilhas especializadas em fraudar o Auxílio Emergencial. A estimativa é de que os suspeitos tenham gerado prejuízos superiores a R$ 10 milhões aos cofres públicos.
 
As investigações começaram após a Polícia Federal de Araçatuba receber informações sobre pessoas que estavam cometendo o crime na região noroeste paulista.
 
De acordo com a delegada Daniela Braga, parte do grupo fraudava o sistema que concede o Auxílio Emergencial, enquanto a outra ficava responsável para sacar o dinheiro diretamente nos bancos.
 
“Eles enganavam o sistema, enganavam os bancos e se passavam por pessoas. Com isso, recebiam o dinheiro do Auxilio Emergencial. Identificamos armas, dinheiro, jet-ski e vários veículos importados, mostrando a questão da vida fácil, o acesso a bastante dinheiro sem você ter realmente um trabalho árduo para conseguir os valores e fazer jus ao benefício.”
 
Ainda segundo a delegada Daniela Braga, as duas quadrilhas identificadas durante as investigações da Polícia Federal são da região de Araçatuba.
 
“Elas se mantêm como duas estruturas separadas, porém com comunicação entre si. O Auxílio Emergencial iniciou-se em 2020. As informações que recebemos são de movimentações de valores de Auxílio Emergencial. Não sei em relação a outros tipos de fraudes, mas eles estavam trabalhando há um ano e meio em cima do Auxílio Emergencial.”
 
Todos os 15 presos serão indiciados pelos crimes de furto, mediante fraude, praticado por meio de dispositivo eletrônico ou informático, além de associação criminosa. Caso condenados, os integrantes da quadrilha podem pegar até 16 anos de reclusão.
 
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