- Atualizado em 10:25

Pelo Mundo

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Advogada diz que o Peru é país rico em cultura e vive na história

Larissa Françozo não perdeu a oportunidade de conhecer ‘Machu Picchu’, uma das sete maravilhas do mundo

Foto: Arquivo pessoal Foto: Arquivo pessoal

A advogada Larissa Françozo conta nesta entrevista sua experiência em conhecer o Peru.

Como parte de sua formação profissional, Larissa participou recentemente de um Congresso pela Paz em Lima, capital.

Além de pessoas e lugares, nesta entrevista a jurista conta ainda sobre suas experiências com o povo peruano e de outros lugares e dá dicas de quem pretende conhecer um país vizinho ao Brasil, mas de cultura um povo altamente ricos.

 

Portal OCNET - Como surgiu a oportunidade de ir para o Peru? Qual objetivo da viagem?

Larissa Françozo - A oportunidade de ir a Lima- Peru, surgiu porque faço mestrado em Teoria do Estado e Direito na Univem em Marília/SP e desta forma submeti um artigo científico no II Congresso Latino Americano pela Paz, onde abordava questões de direitos referentes à paz e a fraternidade. Desta forma, o objetivo era apresentar o meu trabalho que tratava sobre aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência e o fato de que a redução na carência para a concessão do benefício e a não incidência do fator previdenciário são atitudes concretas de fraternidade. Também tive a oportunidade de ser banca, ou seja, avaliar alguns trabalhos neste evento junto com meu orientador.

 

Portal OCNET - Quais suas primeiras impressões no novo país? Já tinha feito alguma viagem assim antes?

Larissa Françozo - Já tinha feito uma viagem internacional antes, mas com outros objetivos totalmente diferentes. Quando cheguei ao Peru me deparei com um país alegre e colorido. Já no aeroporto tinha uma demonstração de dança peruana, então foi algo diferente e muito bacana. Devido ao fato de ir para um congresso e chegar com parte da "delegação brasileira", já havia pessoas nos esperando para nos orientar e nos oferecer o “transfer”, o que foi muito gentil da parte deles, até porque o trânsito é muito caótico. Logo que saímos do aeroporto já nos deparamos com um país mais pobre e devido ao fato de ir para estudar, acabamos sabendo que o Peru sofre muito (tanto quanto o Brasil) com a corrupção e isso fica muito evidente pelas ruas da cidade, exatamente como aqui. Mas, as pessoas são muito acolhedoras, todas perguntam muito da nossa cultura e mesmo com todas as dificuldades é um país muito alegre, rico em cultura, história, dança, música, artesanato e turismo.

 

Portal OCNET - Quais lugares você teve oportunidade de conhecer?

Larissa Françozo - Estive na capital Lima e nesta cidade pude conhecer a Universidad Catolica Sedes Sapientiae, que foi onde ocorreu o congresso. Soube a maneira que é realizada a graduação e as pós-graduações, foi tudo muito interessante! Conheci também o Palácio da Justiça, que aqui no Brasil é como se fosse o STF (Supremo Tribunal Federal), onde ocorreu parte do congresso. Inclusive vale mencionar que alguns desembargadores brasileiros trataram do tema do processo eletrônico, que foi muito interessante e enriquecedor. Ainda em Lima, conheci o circuito Mágico das Águas, que foi uma das experiências mais incríveis e engraçadas da minha vida: fica a recomendação a todos. Por fim, na capital peruana, conheci o famoso bairro de Miraflores, onde estão localizadas as lindas praias. Depois aproveitei que estava no Peru e fui até o Machu Picchu, já que seria um crime sair daquele país sem conhecer uma das sete maravilhas do mundo. Também conheci um Santuário animal, localizado em Cusco, que se trata de um projeto que resgata animais do tráfico, proporcionando tratamento veterinário adequado e um lar a estes bichinhos. Todo o Peru é cercado de história, tudo tem um por que, então praticamente a cada quarteirão você está diante de algo de valor significativo e magnífico.

English by Tati - matéria Larissa Françozo

Portal OCNET - Essa viagem permitiu alguma transformação em você? Como você se sente sobre isso?

Larissa Françozo - Toda viagem nos transforma. Sou do time das pessoas que defendem o argumento de que: viajar é a única coisa que te deixa mais rico. Conhecer outra cultura, a história do país e de Machu Picchu, ser recebida com tanto carinho pelos estudantes, palestrantes e organizadores do congresso é algo que não tem preço, não tem como descrever, só viver. Volto uma Larissa, com mais aprendizado no direito, principalmente porque há possibilidades de conseguirmos um município, um país e um mundo mais justo, mesmo que justiça seja diferente para cada um e muitas vezes distante do direito, mas é possível. A paz e a fraternidade não são conceitos, são ações. Assim, o que me define é a gratidão, poder conhecer outro país, publicar um trabalho internacionalmente, aprender mais do direito e da cultura de um novo país, é algo muito gratificante. Gosto de aprender e sou grata a Deus por Ele abrir tantas portas para me possibilitar tanto aprendizado.

 

Portal OCNET - Quais dicas você daria para quem quer conhecer um país diferente?

Larissa Françozo - Acho que você tem que ir com a mente e o coração abertos, disposto a aprender e experimentar aquela cultura. Nesta viagem, andei de transporte público, experimentei algumas comidas diferentes, fiz alguns tours sem roteiro, apenas deixando que o pessoal do congresso me levasse e é isso que nos enriquece. Então vá e aproveite tudo, conheça o que puder nas condições mais simples às mais sofisticadas. Não tenha vergonha também de falar outro idioma. Eu compreendo bem o inglês, mas tenho muita vergonha de falar, isso prejudica bastante. Me dei conta no fim da viagem que nunca mais viria aquelas pessoas, que se errasse estava tudo bem, então só no fim falei mesmo. Mesmo assim conheci muitas pessoas. Permita-se a isso também, dentre eles alguns americanos, um refugiado, muitos peruanos e fiz amizade com muitos brasileiros. Conhecer pessoas sempre é legal. E por fim, para quem quer ir ao Peru sugiro: não alugue um carro em Lima, o trânsito é a coisa mais doida que já vi na vida. Lá não há regras, tem muita buzina, o táxi e o metropolitano (como se fosse a circular deles) são bem acessíveis e fácil de serem usados! E para quem vai a Machu Picchu leve remédios para enjoo, a estrada até lá é muito curva. Previna-se também com remédios para altitude. Estávamos em cinco pessoas e duas delas passaram muito mal. E aproveite: será uma experiência única é mágica na vida de qualquer um. Boa viagem e até a próxima!

 

Você tem ou conhece alguém que teve uma experiência cultural para ser compartilhada? Entre em contato pelo e-mail garp@ocnet.com.br.

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