- Atualizado em 26/09/2023 16:22

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Unisa expulsa alunos que simularam masturbação em vôlei feminino

Direção da Santa Casa disse que ficou chocada com as imagens e que vai investigar o caso.

A Universidade Santo Amaro (Unisa) informou que expulsou mais um aluno de medicina que foi gravado seminu simulando masturbação durante um jogo de vôlei feminino. A medida foi anunciada nesta terça-feira (19). No total, até a última atualização desta reportagem, sete estudantes foram desligados da universidade.
 
O caso ganhou repercussão no domingo (17), após a publicação de um vídeo com a cena nas redes sociais. O episódio aconteceu em abril, durante um campeonato universitário. A Polícia Civil investiga o caso.
 
A universidade diz que continua no trabalho de identificação de outros alunos. Segundo o reitor da Unisa, Eloi Francisco Rosa, as imagens que eles tiveram acesso são de baixa resolução — o que dificulta na identificação. Eles também têm recebido denúncias por meio da ouvidoria.
 
Estudantes de medicina da Santa Casa e do Centro Universitário São Camilo também foram filmados praticando o mesmo ato.
 
Um vídeo gravado em maio deste ano mostra torcedores da turma de medicina da Santa Casa seminus e exibindo as partes íntimas. A direção da faculdade disse que ficou chocada com as imagens e que vai investigar o caso.
 
Já os alunos da São Camilo aparecem em outra gravação mostrando as nádegas. A administração da universidade afirmou que está tratando o assunto com foco em medidas socioeducativas e que ainda avalia o vídeo enviado pela reportagem para decidir se cabe alguma medida disciplinar aos envolvidos.
 
Ao anunciar as seis primeiras expulsões, por meio de nota, a Unisa disse que tomou conhecimento das "gravíssimas ocorrências" durante a manhã desta segunda-feira (18), ao receber as publicações que estavam circulando pelas redes sociais.
 
"Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a Instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento", disse a universidade.
 
A Unisa também informou que levou o caso para as autoridades, que vai colaborar com as investigações e tomar providências cabíveis. E afirmou que caso outros alunos sejam identificados, "seja pela equipe da Unisa, ou polícia, receberão a mesma punição".
 
Segundo apurado, os alunos gravados seminus faziam parte do time de futsal da Unisa e estavam em uma arquibancada. Eles abaixaram as calças enquanto o time de vôlei feminino da instituição jogava contra o time de outra universidade, em São Carlos.
 
Nas imagens que circulam pelas redes sociais, os estudantes aparecem tocando nas próprias partes íntimas.
 
De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos está investigando a conduta dos estudantes. No entanto, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) não detalhou por quais crimes os alunos são investigados.
 
MEC notificou universidade
 
Além disso, o Ministério da Educação (MEC) notificou a Unisa e deu prazo de 15 dias para a universidade informar quais providências irá adotar diante do caso.
 
Em uma rede social, o ministro Camilo Santana disse que, caso a Unisa não cumpra com a determinação, poderá responder a um procedimento de supervisão e adoção de medidas disciplinares.
 
"Repudio veementemente o ocorrido. É inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade", escreveu.
 
Nota da Unisa
 
"A Universidade Santo Amaro – Unisa informa que, na manhã de hoje, dia 18 de setembro, sua Reitoria tomou conhecimento de publicações em redes sociais divulgadas durante o fim de semana de 16 e 17 de setembro, contendo gravíssimas ocorrências envolvendo alunos do seu curso de Medicina.
 
De acordo com tais vídeos, alguns alunos, todos do sexo masculino, executaram atos execráveis, ao se exporem seminus e simularem atos de cunho sexual, durante competição esportiva envolvendo estudantes de Medicina da Unisa e de outra Universidade, realizada na cidade de São Carlos.
 
Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a Instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento, ainda nesta mesma segunda-feira (18/09), com a expulsão dos alunos identificados até o momento.
 
Considerando ainda a gravidade dos fatos, a Unisa já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis.
 
A Unisa, Instituição com mais de 55 anos de história, repudia veementemente esse tipo de comportamento, completamente antagônico à sua história e aos seus valores."
 
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