- Atualizado em 21/10/2021 10:49

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Procon quer multar Rede Extra por vender bandeja de carne vazia; outras redes colocam carne em vitrines com cadeados

Rede diz que foi caso isolado

SÃO PAULO - O diretor do Procon-SP, Fernando Capez, afirmou nesta terça-feira (19) que pretende multar a rede de supermercado Extra por método vexatório e discriminatório de cobrança. A medida ocorre após uma consumidora de uma loja da rede no Jardim Ângela (zona sul da capital paulista) denunciar em suas redes sociais que o mercado entregava bandejas vazias de carne até que o valor do produto fosse pago no caixa.

“O estabelecimento será multado por ter adotado critério discriminatório, submetendo o consumidor a embaraço e a vexame, sobretudo por adotar critérios diferenciados em razão do bairro e da região”, diz Capez.

“Se em outros estabelecimentos, outros bairros não existe esse tipo de exigência, não se justifica que a população do Jardim Ângela seja submetida a um vexame”, ressalta.

O diretor da entidade não falou qual seria o valor da autuação. “Sob o argumento de segurança, o estabelecimento não pode constranger o consumidor e nem submetê-lo a qualquer tipo de vexame ou embaraço”, afirma.

O caso foi denunciado pela ativista Fabiana Ivo em suas redes sociais, na última quinta-feira (14). Em postagem, ela relata que foi comprar uma carne bovina no açougue da loja, recebeu uma bandeja vazia com o código de barras e foi informada que só receberia a carne após pagar.

Produto de vitrine

Alarmes de segurança e sensores, mais comuns em lojas de departamento, também aparecem em gôndolas, freezers e geladeiras.

Grupos como Carrefour e Big, que utilizam esses procedimentos de segurança, dizem que o padrão foi adotado há alguns anos para todas as lojas e não tem relação com a alta de preços. Alguns cortes de carne embalada, peças inteiras já pesadas, recebem uma tela de proteção e um sensor de segurança.

A rede Big e Sam’s Club diz que os dispositivos –uma peça de plástico com um sensor que é retirado no caixa– são utilizados há muito tempo e integram o procedimento padrão de segurança das lojas. Os sensores são colocados, segundo a rede, em produtos de todos os tipos e que tenham valor elevado.

A Apas (Associação Paulista de Supermercados) diz que o que aconteceu no Extra foi um fato isolado e, por isso, não dará recomendação quanto aos procedimetnos de segurança adotados pelas empresas.

Anne 166 (destaque) - 20/10/2021

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