Blog do Giu
57284VÍDEO: Brasil tem risco de surto de sarampo
Autoridades citam baixo comparecimento à campanhas de vacinação
NACIONAL - Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação do sarampo da Organização Mundial da Saúde (OMS), como resultado do esforço nacional para acabar com uma doença infantil altamente contagiosa e potencialmente grave, mas para a qual existe vacina.
No entanto, em 2018, o vírus voltou a circular no país, embora a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, faça parte do Calendário Nacional de Vacinação e seja oferecida gratuitamente pelo SUS. Nesse ano, o Brasil registrou 9.325 casos da doença.
De lá para cá, a situação só piorou: entre 2018 e 2021, houve quase 40 mil casos de sarampo no país, com 40 óbitos. É sempre muito triste que ainda haja crianças morrendo de uma doença evitável por meio de uma vacina cuja taxa de eficácia contra a infecção seja de 97%. O dado, contudo, revela outro aspecto: desde 2015, o Brasil apresenta queda da cobertura vacinal de todas as vacinas.
Os motivos para a diminuição, de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), são muitos: falta de informação dos profissionais de saúde acerca do calendário vacinal; falta de informação da população; falta de confiança nos governantes, instituições e profissionais de saúde; horário limitado de funcionamento dos postos de saúde; desinformação; comunicação falha; e crescimento do movimento antivacinista.
Pesquisa da própria SBIm em parceria com a Avaaz mostrou que 7 em 10 brasileiros acreditam em no mínimo uma informação imprecisa sobre as vacinas. O dado mais alarmante, no entanto, revela que 13% das pessoas deixaram de vacinar, ao menos uma vez, uma criança sob seus cuidados, o que totaliza cerca de 21 milhões de pessoas com 16 anos ou menos sem cobertura vacinal adequada.
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