Polícia Civil de Osvaldo Cruz emite alerta sobre onda de dois tipos de estelionato: do cartão bancário e pelo WhatsApp

OSVALDO CRUZ - A Polícia Civil de Osvaldo Cruz emitiu um alerta no final da noite desta quarta-feira, 26, para que moradores da cidade tenham cuidado sobre o assédio de estelionatários em dois tipos de golpes: do cartão bancário e outro pelo WhatsApp.

Como é o golpe do cartão?

De acordo com o Delegado de Polícia do Município, Marcelo Marques Silva Lemes, os estelionatários ligam de números fixos geralmente para idosos e se passam por funcionários de bancos. "Eles pedem que a vítima confirme uma compra ou transação bancária. Como a vítima diz 'não' a respeito do negócio, o golpista pede então que a pessoa ligue para o número que consta atrás do cartão bancário. Porém, o estelionatário permanece com a vítima na primeira ligação", contou ao acrescentar que a vítima acredita estar falando com um funcionário do banco.

Em seguida, o criminoso pede que a vítima escreva uma carta de próprio punho, negando a transação financeira e depois pegue o cartão e coloque num envelope junto com a respectiva senha. Na sequência o criminoso orienta geralmente o idoso que um outro funcionário do banco vai até a residência buscar o cartão. "De forma articulada, em seguida chega um segundo criminoso se passando por funcionário do banco, pega o envelope e vai embora. Quando a vítima percebe, os bandidos já fizeram vários saques, geralmente utilizando máquinas de cartões que eles possuem", detalhou o delegado Marcelo.

A autoridade policial orienta atenção às pessoas, já que alguns moradores foram vítimas desse golpe em Osvaldo Cruz.

Nesta semana alguns bandidos de São Paulo foram presos em um hotel de Parapuã com máquinas de cartão. Eles provavelmente já tinham ligações com os casos em que pessoas de Osvaldo Cruz perderam cerca de R$ 10 mil em crimes de estelionato (clique aqui para saber mais).

Golpe pelo WhatsApp

O Delegado Marcelo acrescentou ainda para um segundo tipo de golpe, este pelo WhatsApp. "Neste caso o estelionatário  usa fotos de pessoas com números desconhecidos e envia mensagens a parentes. Nessas mensagens o golpista diz que precisou trocar o número do celular e na sequência da conversa pede dinheiro à vítima para uma situação de emergência falsa, geralmente por operação financeira (a mais comum, o PIX)", disse o delegado.

Em todas as oportunidades a autoridade pede atenção às pessoas e se forem vítimas, que registrem a ocorrência. "Nos colocamos à disposição para orientações ou em caso de necessidade procure a Polícia Civil para registros e vamos procurar solucionar os casos. Porém, melhor é sempre se prevenir", completou o delegado.

Casos crescem

Dados reunidos pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) indicam que nos meses de janeiro e fevereiro do ano passado, houve aumento de 340% no volume de ocorrências do “golpe da falsa central telefônica e do falso funcionário”.

A comparação se dá em relação aos mesmos meses do ano passado, quando o isolamento social não havia sido adotado. Ainda segundo a Febraban, cerca de 70% das fraudes mapeadas neste ano estão vinculadas à engenharia social.