Blog do Giu

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O Brasil precisa de renovação

Artigo publicado no Jornal Cidade Aberta na edição desta sexta-feira

A precoce morte do ex-governador de Pernambuco, o presidenciável Eduardo Campos (PSB), trouxe à Nação a necessidade de pensar sobre renovação não apenas na política, mas em muitos setores de comando da sociedade.

O jovem político nordestino, que apesar de sua origem oligárquica, saiu com a maior avaliação positiva entre todos os governadores brasileiros em sua última gestão representava o que se chama na política como o grande combustível que move o cidadão votar em alguém: a esperança. O Brasil está cansado da polarização entre dois grupos e faltam alternativas inovadoras, a chamada terceira via.

O socialista Eduardo Campos tinha poucas chances de ser o próximo presidente da República, mas certamente projetaria seu nome como personalidade nacional para o pleito de 2018, quando poderia assumir o papel de principal líder da oposição brasileira.

A explicação está no fato de que o brasileiro não conhecia Eduardo Campos e a eleição deste ano seria a grande oportunidade para isso. Um acidente aéreo ceifou a possibilidade do surgimento de uma terceira via no cenário nacional.

Apesar dos pesares abre-se uma lacuna que poderá ser ocupada por alguém. Resta agora aos novos políticos de repercussão nacional (que infelizmente são poucos!) tomarem as rédeas.

A pergunta que fica é: quem herdará o patrimônio político de Eduardo? Marina Silva, sua vice? Aécio? Dilma?

Tudo ainda é muito recente e deve-se aguardar as próximas semanas para saber como o eleitor brasileiro assimilou o desaparecimento do ex-governador de apenas 49 anos de idade.

O fato é que o episódio da morte de Eduardo Campos comprova que este país é e está carente de estadistas, políticos sérios e comprometidos.

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Comentários

Paulo Nakayama

15/08/2014 às 12h53


Concordo que Eduardo Campos surgia como uma alternativa, uma terceira via, à eleição deste ano. Concordo também que, até outubro, ele não teria chance de alcançar os candidatos mais à frente nas pesquisas e que, certamente, projetaria seu nome como uma alternativa viável para o pleito de 2018. Respondendo à pergunta que fica: quem herda o patrimônio político de Campos é Marina Silva e mais, receberá toda projeção da comoção que se instaurou no país com a tragédia que matou o ex-governador pernambucano, mais ou menos como ocorreu com Geraldo Alckmin por ocasião do falecimento de Mário Covas. Já temos nossa terceira via, agora basta esperar pelo posicionamento dos caciques. Os chefes do PSB vão permitir a candidatura de Marina ou pretenderão sabotá-la com medo de sua Rede. E os católicos, aceitarão uma candidata declaradamente evangélica? E a classe dominante, dará seu aval a uma pessoa de origem tão humilde e sem o pedigree daqueles que carregam sobrenomes importantes? A verdade, caro Giu, é que, se olharmos bem, desta tragédia emergiu uma situação que pode, de certa forma, mudar todo o panorama político. A terceira via se apresentou, perdeu um líder e agora ressurgirá ainda mais forte. Ou não.

 
 
 
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