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Chupeta prejudica fala, respiração e mastigação de bebês

Uso contínuo prejudica o desenvolvimento da arcada dentária

INTERNACIONAL - Quando se pensa em bebês, é normal imaginar uma criança com uma chupeta entre os lábios. No entanto, as aparentes facilidades do produto podem não compensar. Além disso, o uso contínuo pode acarretar em diversos problemas para o desenvolvimento da criança.

O que os pais talvez nem sempre percebam é que o uso das chupetas é imposto por eles. Ela não é um item obrigatório de uso, tampouco é solicitada pelo bebê. “A chupeta é muito mais uma necessidade do adulto do que da criança”, opina a psicóloga do Centro Educacional Miraflores, do Rio de Janeiro, Sandra Cerqueira. Segundo a especialista, a utilização do item tem muito mais relação com uma ansiedade e uma preocupação excessivas dos pais do que com uma real necessidade.

A chupeta é interessante para os pequenos porque lhes oferece tranquilidade e segurança. Isso ocorre porque ela tem um formato que lembra o bico do seio materno e o seu próprio uso remete à amamentação. Além disso, os bebês estão na fase oral, em que tendem a conhecer e utilizar os objetos introduzindo-os na boca. Portanto, a questão é que a criança não sentirá falta da chupeta, se não conhecer o objeto. Os momentos em que ele poderia ser útil são situações que podem ser resolvidas de outras formas.

De acordo com Sandra, o uso da chupeta não será necessário se os pais oferecerem um ambiente satisfatório para a criança. O mais importante é passar tranquilidade, o que ocorre quando se mantém uma rotina regular e se dá atenção, carinho e afeto. Além disso, é importante estar atento às necessidades dos pequenos, pois algumas vezes o choro pode ser sinal de fome, sono ou afins.

Uso contínuo prejudica o desenvolvimento da arcada dentária

Para alguns bebês, a chupeta funciona quase como parte da própria anatomia. Nos raros momentos em que não é utilizada, ela fica presa à roupa ou pendurada no pescoço do dono. Além disso, se perder, há diversas outras opções pela casa. Essa é, no entanto, uma situação totalmente equivocada, pois incentiva o uso.

Vale lembrar que os pequenos estão em pleno desenvolvimento, e a presença de uma chupeta constantemente dentro da boca pode alterar esse processo. De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Irene Marchesan, os danos causados pelo item dependem de três fatores principais: intensidade, duração e frequência. Além disso, a genealogia também influencia. Caso a criança provenha de uma família com prognatas ou pessoas de face alongada, ela terá uma tendência maior a ter deformações no desenvolvimento da arcada ou do rosto.

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