Saúde

26286

Osvaldo Cruz e mais nove cidades devolvem ambulâncias do SAMU

Nova incógnita agora é saber o que será feito do prédio da UPA

OSVALDO CRUZ - O município de Osvaldo Cruz e mais nove cidades da região devolveram ambulâncias repassadas pelo Governo Federal para implantação do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Motivo: falta de dinheiro para administrar o programa.

Além de Osvaldo Cruz, Adamantina, Lucélia, Parapuã, Rinópolis, Mariápolis, Inúbia Paulista, Salmourão, Sagres, além de Tupã e Pacaembu tomaram a decisão depois que o Ministério Público Federal cobrou das prefeituras o porquê os seis veículos recebidos em 2010 ainda não haviam começado a operar.

De acordo com o assessor jurídico de Pacaembu, Alex Fernando Rafael, os seis veículos já estão em Tatuí (SP), e o prazo final para devolução era nesta quarta-feira (20). "Foi instaurado um inquérito civil para apurar a não implantação do serviço, foi quando os municípios acabaram verificando que não era possível a implantação devido ao custo”, explicou Rafael.

Quando as administrações municipais inciaram os projetos em 2010, de acordo com o assessor jurídico, havia a possibilidade existência de parcerias entre o governo federal, junto com auxílio financeiro do governo estadual, mas não foi o que aconteceu. “Quando foi para por em prática a implantação, vimos que os valores ficariam por conta dos municípios. Só em Pacaembu, seriam gastos mensalmente em torno de R$ 30 mil por mês, uma quantia muito alta”, ressaltou.

O Samu não ficaria responsável por todos os atendimentos do município, como explicou Rafael. “Não seria todo o acidente que seria encaminhado ao Samu. Após o chamado, seria feito um estudo para saber se o serviço realizaria atendimento ou o 193 [o Corpo de Bombeiros]. Por isso, era uma quantia muito grande para ser gasta, sendo que há ambulâncias suficientes nos municípios”, alegou.

Outro ponto que levou à desistência do serviço, é que algumas cidades passaram a desconsiderar a implantação, o que aumentaria ainda mais o valor mensal a ser gasto por prefeitura. Desde quando as ambulâncias foram recebidas, elas permaneceram guardadas e sem uso.

UPAs

Com a devolução das ambulâncias do Samu, outra novela começa: o que serão dos prédios das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)?

Osvaldo Cruz está entre as cidades em que o Samu seria sediado, a exemplo de Adamantina e Tupã. O município foi contemplado com uma verba de quase R$ 1,5 milhão para a construção da Unidade de Pronto Atendimento.

A obra está em fase final de conclusão em terreno próximo da antiga Fepasa, mas ainda sem destinação.

O papel da UPA é de suporte para o Samu. Para lá seriam encaminhados pacientes em estado de urgência e emergência. Depois de estabilizados o Samu os encaminharia para hospitais.

Pelo projeto original, o Samu teria sua central de regulação (central de controle que decide para que unidade de saúde o paciente atendido será encaminhado, de acordo com o quadro clínico e a disponibilidade de vagas na rede hospitalar ligada do projeto) em Tupã. Em Adamantina e Tupã funcionariam duas unidades de suporte avançado e outras seis unidades de suporte básico (USBs) seriam responsáveis pelo atendimento inicial, uma delas em Osvaldo Cruz.

A USB de Adamantina atenderia Adamantina e Mariápolis; a de Pacaembu, Pacaembu e Flórida Paulista; a de Lucélia, Lucélia e Pracinha; a de Osvaldo Cruz atenderá além de Osvaldo Cruz, Salmourão, Inúbia Paulista e Sagres; a de Parapuã, também atenderia Iacri, Bastos e Rinópolis; e a de UBS de Tupã serviria também para atendimentos de primeiros socorros em Arco-Íris, Queiroz e Herculândia.

 

 

Dê sua opinião

Não serão aceitas mensagens com conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade, ou que desrespeite a privacidade alheia;


Comentários
 
 
 
Fechar
Rádio Califórnia Rádio Clube Rádio Max Rádio Metropole