No Hospital Regional, 58 mulheres são detectadas com câncer de mama

PRESIDENTE PRUDENTE - No Hospital Regional de Presidente Prudente, 58 mulheres já foram detectadas com câncer de mama desde a inauguração do serviço de oncologia, em novembro do ano passado, uma média de aproximadamente cinco casos por mês.

De acordo com o mastologista da unidade, Fernando Valejo, o diagnóstico precoce, fundamental para o sucesso do tratamento, depende sobretudo de duas atitudes: autoexame e mamografia. Este último deve ser feito uma vez ao ano quando a mulher tem 40 anos ou mais. O HR realiza uma média de 500 mamografias por mês, todas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, esse é o tipo que mais acomete a mulheres, chegando a 20,8% dos registros de neoplasia no sexo feminino. No mês em que a sociedade volta os olhos para a doença, graças à campanha do "Outubro Rosa", o hospital também realiza uma série de atividades relacionadas ao tema.

A próxima está marcada para sexta-feira (10), a partir das 15h, quando cerca de 50 pacientes diagnosticadas com câncer de mama, atendidas pelo serviço de oncologia, estarão reunidas no anfiteatro para uma troca de experiências. Além disso, elas poderão tirar dúvidas sobre a doença, com os mastologistas André Genaro e Raquel, e com a radiologista Lívia Chaparim Parminondi. O grupo "Amigas do Peito" também estará presente na atividade.

Ao longo do mês, outras ações estão sendo desenvolvidas. Nesta semana, pacientes com neoplasia maligna participaram de encontros com as profissionais do centro oncológico, com o objetivo de conhecerem todos os serviços disponibilizados a elas, como atendimento com psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e assistente social.

A entrada principal e os corredores do serviço de oncologia foram decoradas com a faixa símbolo da campanha "Outubro Rosa", e a fachada do HR ganhou nova iluminação noturna, com luzes cor-de-rosa.

Causas

As mulheres acima de 40 anos são as principais afetadas pela doença. Além disso, o histórico familiar, início precoce ou término tardio da menstruação, terapias de reposição hormonal, não ter filho ou tê-lo após os 30 anos são fatores de risco.

“A obesidade e o abuso de álcool também podem colaborar para o surgimento do câncer”, expõe o mastologista do Hospital Regional, Fernando Valejo. Por outro lado, o médico pondera que o uso de desodorantes e anticoncepcionais, ou ainda algum trauma na região das mamas não tem qualquer relação com o aparecimento do câncer, ou seja, não passam de mitos sobre o problema.