Saúde

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Movimento ‘Eu Amo Lucélia’ deixa administração do hospital

Com pagamentos em dia e investimentos constantes na melhoria da infraestrutura, o hospital iniciou uma transformação

LUCÉLIA - A saída repentina do Movimento ‘Eu Amo Lucélia’ da administração da Santa Casa de Misericórdia trouxe polêmica na última semana. Definida como “covarde e desrespeitosa” pelo idealizador do grupo de voluntários, Julio Cesar Moro, a saída foi imposta pelo prefeito Carlos Ananias Junior em ofício encaminhado ao interventor Manoel Marques Caldeira. Segundo o documento, o Interventor deveria assinar em 24 horas o contrato da subvenção com a Prefeitura, com cláusulas que colocaria o hospital em risco, ou seria destituído do cargo.

Em 2017 integrantes do Movimento ‘Eu Amo Lucélia’ assumiram a administração da Santa Casa de Lucélia, que se encontrava em situação crítica devido aos anos de abandono. Pagamentos de fornecedores, falta de medicamentos e salários de funcionários e médicos atrasados eram alguns dos problemas enfrentados pelo hospital naquela época.

Passados quase dois anos, um novo panorama. Com pagamentos em dia e investimentos constantes na melhoria da infraestrutura, o hospital iniciou uma transformaçãocom a ajuda e apoio da comunidade luceliense.

Porém, os custos para manutenção da entidade são maiores do que o valor repassado pela Prefeitura. Nos dois primeiros anos, uma complementação financeira da Administração Municipal equilibrava as finanças. Mas, para este ano, um impasse impossibilitou a continuidade da gestão pelo ‘Eu Amo Lucélia’ devido a “imposição” de Carlos Ananias Junior para assinatura de “convênio temerário”, enfatizando desde o início das negociações que não haveria suplementação no presente exercício.

O impasse

O impasse entre o Movimento e a Prefeitura iniciou em dezembro, quando começaram as tratativas para assinatura de convênio para o repasse de recursos financeiros do Município à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Lucélia.

Em ofício que assina a renúncia, o Interventor esclarece que o valor definido no Orçamento Municipal para subvenção, de R$ 2.160.000,00, ano, é insuficiente para a prestação dos serviços médico-hospitalares, ambulatorial e de exames, sendo necessário o aporte de pelo menos R$ 2.960.000,00, valor gasto em 2018.

Oftalmos 94 (saúde) - 22/02/2019

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