Saúde

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Golpistas ligam para familiares de pacientes do HC de Marília para pedir dinheiro

Estelionato é aplicago por telefone, quando os criminosos se passam por funcionários da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross)

REGIONAL - Golpistas tem enganado médicos das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital das Clínicas de Marília (SP), e também familiares de pacientes internados, pedindo dinheiro para custear tratamentos necessários, os quais o HC não estaria em condições de cobrir devido à crise enfrentada pelo complexo Famema.

O golpe é dado por telefone, quando os criminosos se passam por funcionários da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) e ligam para os médicos informando que estão realizando censo de pacientes internados, solicitando, assim, dados pessoais desses pacientes como nome, idade, endereço, telefone e diagnóstico. Com essas informações, os golpistas entram em contato com as famílias pedindo que façam depósitos em contas, alegando que os valores serão usados no tratamento dos pacientes.

Nos últimos dias, diversos acompanhantes e familiares de pacientes que estão internados nas UTIs A e B do HC, na unidade I do Complexo Assistencial Famema, relataram que têm recebido ligações de uma pessoa que se apresenta como doutor Marcelo. Ele diz que faz parte da Cross e que está em parceria com o HC solicitando quantia em dinheiro para ajudar nas despesas de internação.

O homem informa ainda aos familiares que o paciente teve piora no quadro de saúde, e que necessita realizar mais exames médicos para melhor avaliação. Para isso, seria necessário o depósito de determinada quantia em dinheiro. O golpista passa então uma conta bancária para o depósito e pede valores que variam de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil.

Um dos familiares que recebeu a ligação tem um irmão que é policial e desconfiou da história, dando início à investigação. Outros familiares contatados pelo golpista passaram a entrar em contato com a direção do Hospital das Clínicas para confirmar a necessidade do depósito. Esta atitude chamou a atenção dos diretores que detectaram o golpe. O número de onde as ligações foram feitas é de Cuiabá (MT).

Segundo a assessoria da Famema, não há informações de que alguém tenha caído no golpe. A Famema ressalta ainda que todo o atendimento é prestado pelo SUS, e que independente da crise financeira, não há nenhum tipo de cobrança aos pacientes.

Em nota, a Cross informou que faz contatos diários com as UTIs dos hospitais apenas com o objetivo de realizar censo hospitalar para obter a quantidade de leitos disponíveis e de pacientes internados por mais de 15 dias. A Cross informou ainda que nenhum funcionário solicita dados pessoais de pacientes internados, uma vez que utiliza o Portal Cross para esse fim.

A Cross pediu que sejam desconsideradas qualquer ligação telefônica em seu nome para solicitar informações pessoais de pacientes internados.

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