- Atualizado em 14:23

Saúde

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Densidade médica na região de Pres. Prudente perde para a média estadual

Razão de médico por habitante é de 2,41, enquanto no Estado é de 2,79. Apesar do resultado, Cremesp avalia que diferença é 'insignificante'

Levantamento fez um raio-x do setor médico (Foto: David de Tarso/TV Fronteira) Levantamento fez um raio-x do setor médico (Foto: David de Tarso/TV Fronteira)

REGIONAL - A região de Presidente Prudente possui uma razão de médico por habitante abaixo da média registrada no Estado de São Paulo. Conforme os dados da Demografia Médica Paulista, divulgados nesta quinta-feira (15), enquanto o Oeste Paulista possui densidade de 2,41, a média estadual é de 2,79. Mesmo assim, esse resultado não é considerado ruim pelo conselheiro regional da 10ª Região do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Roberto Lotfi Júnior.

Conforme o Cremesp, a pesquisa é um grande “raio-x” estatístico do setor e foi produzida pelo conselho e pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Na área de abrangência do Departamento Regional de Saúde (DRS) que tem sede em Presidente Prudente, são 1.836 médicos para uma população de 762.528 habitantes, distribuídos entre 45 municípios, o que representa uma densidade médica de 2,41 profissionais a cada mil habitantes. Este resultado deixa o Oeste Paulista em quinto lugar entre as 17 regiões do Estado, ficando atrás das áreas de Ribeirão Preto (3,32), Grande São Paulo (3,05), São José do Rio Preto (2,75) e Campinas (2,61).

Também de acordo com o levantamento, as cinco cidades do Estado com maior densidade médica são Santos (6,9 médicos por mil habitantes), Botucatu (6,45), Ribeirão Preto (6,2), Presidente Prudente (5,82) e São José do Rio Preto (5,56). A capital paulista aparece na oitava posição, com 4,58 médicos por mil habitantes.

'Diferença insignificante'

Lotfi Júnior salientou ao G1 que a região de Presidente Prudente está abaixo do índice estadual, mas acima da maioria das localidades.

"A diferença é insignificante. Estamos um pouco abaixo por conta da distância dos grandes centros e porque aqui temos hospitais em somente dez cidades, enquanto as demais contam com apenas postos de saúde, e também temos uma quantidade menor de habitantes. Mas o nosso índice está dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde [OMS]", explicou.

O diretor regional pontuou que somente Presidente Prudente possui um alto índice por ser uma cidade considerada como uma "capital" do Oeste Paulista. "É uma cidade prestadora de serviços de toda a região, com uma concentração de médicos especialistas", destacou ao G1.

O médico ainda avaliou que a tendência é de que essa densidade aumente na região. "Isso se deve ao fato da abertura de faculdades de medicina e isso vai fazer aumentar o número de médicos. O que também não significa que vai ser um atendimento de qualidade ou que os municípios que possuem poucos médicos ganhem mais profissionais", frisou Lofti Júnior ao G1.

Raio-x

No Estado, 37,4% dos médicos especialistas se concentram nas áreas de Pediatria, Clínica Médica, Cirurgia Geral e Ginecologia e Obstetrícia.
Segundo o levantamento do Cremesp, há 70.845 médicos especialistas no Estado. Desse total, o número de títulos dos profissionais é de 93.036, o que significa que uma parte deles possui mais de um título, podendo exercer mais de uma especialidade.

As quatro áreas com menor número de especialistas em São Paulo são Medicina Esportiva, Radioterapia, Cirurgia de Mão e Genética Médica.

A Demografia Médica Paulista mostra que o Estado de São Paulo possui 123.761 médicos, o que representa uma razão de 2,79 profissionais a cada 1.000 habitantes, superior à média nacional, de 2,1 e a terceira maior do Brasil, atrás do Distrito Federal (4,9) e do Rio de Janeiro (3,75).

Entre 1980 e 2015, o contingente de médicos no Estado cresceu 286,89%, 3,7 vezes mais do que a população, que aumentou 77,92% no mesmo período.

O levantamento do Cremesp aponta ainda que 59,1% dos médicos de São Paulo possuem pelo menos um título de especialista. A idade média é de 44,7 anos.

As mulheres são maioria em 14 das 53 especialidades. Em três delas, representam mais de 70% do total de profissionais. São elas Dermatologia, com 77%, Alergia e Imunologia, e Pediatria, ambas com 72%.

Os homens são maioria de mais de 80% na média de 12 áreas cirúrgicas, incluindo Ortopedia e Traumatologia (93%) e Urologia (98%). Dos 1.306 urologistas em atividade, apenas 26 são mulheres.

Veja na tabela abaixo a relação de médicos por mil habitantes no Estado de São Paulo, conforme os dados da Demografia Médica Paulista (Cremesp/FMUSP):
 

REGIÃO POPULAÇÃO MÉDICOS RAZÃO
Grande São Paulo 21.090.791 64.244 3,05
Araçatuba 769.174 1.152 1,50
Araraquara 991.129 1.635 1,65
Baixada Santista 1.797.500 3.812 2,12
Barretos 435.311 914 2,10
Bauru 1.744.292 3.260 1,87
Campinas 4.433.543 11.563 2,61
Franca 696.600 1.136 1,63
Marília 1.128.941 2.176 1,93
Piracicaba 1.527.411 2.686 1,76
PRESIDENTE PRUDENTE 762.528 1.836 2,41
Registro 284.031 245 0,86
Ribeirão Preto 1.452.570 4.817 3,32
São João da Boa Vista 818.983 1.123 1,37
São José do Rio Preto 1.577.234 4.344 2,75
Sorocaba 2.433.059 4.028 1,66
Taubaté 2.453.387 5.374 2,19


 

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