- Atualizado em 11:47

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Idosa é removida da própria casa após descoberta de cratera de 2,5 metros de profundidade no chão da cozinha

Residência no Parque São Jorge, em Presidente Venceslau, fica próxima ao imóvel onde um soterramento matou uma moradora em 2013.

PRESIDENTE VENCESLAU - Uma cratera aberta no chão da cozinha fez com que a aposentada Josefa Elza de Menezes, de 71 anos, saísse de sua casa, localizada na Avenida do Estado, no Parque São Jorge, em Presidente Venceslau (SP), interior de São Paulo.

Josefa descobriu o problema no fim do mês passado, quando desconfiou que havia algo estranho no piso da cozinha. A Prefeitura foi avisada do problema e o imóvel foi interditado. A cratera tem cerca de 2 metros de diâmetro e 2,5 metros de profundidade e fica perto da pia.

"Parecia que estava oco. Eu chamei o pedreiro e ele viu que estava somente o piso, sem terra por baixo", contou a aposentada.

O local onde mora a aposentada fica perto da residência onde Marta Aparecida Moraes dos Santos, 38 anos, morreu soterrada depois de um desabamento causado por problemas em uma tubulação. O caso aconteceu em 2013.

Insegurança

Josefa foi removida da casa e alocada em um outro imóvel do município pela Prefeitura.

"Eles falaram que iam ver se tinha problema na tubulação, que foi o problema que deu na casa da Marta. Se não tivesse nada, eles iam colocar terra no buraco", disse a moradora.

A idosa afirmou ainda que comprou o terreno e fez a construção há cerca de 10 anos.

Chuva e soterramento na vizinhança

Marta Aparecida Moraes dos Santos morreu no dia 16 de março de 2013. No dia do soterramento, choveu muito. Marta estava com o marido no quarto quando o chão cedeu. O piso, os móveis e a mulher foram engolidos por uma cratera e Marta morreu soterrada.

Cinco casas ao redor foram desocupadas, pois corriam o risco de desabar.

Em novembro do mesmo ano, a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o acidente e afirmou que a morte foi causada por negligência da Prefeitura, que desconhecia a existência de uma galeria pluvial embaixo da casa da vítima.

Na ocasião, Josefa não teve o imóvel interditado, mas ela conta que já se sentia insegura, já que morava ao lado do imóvel vizinho ao da Marta.

"Graças a Deus, eu vi que o chão estava oco e que foi na cozinha. Eu moro sozinha também. Quando eu comprei o terreno, ninguém me avisou de galeria embaixo. Eu tenho muito medo. Medo por mim, medo pelo meu filho que mora ao lado, pelos meus vizinhos", lamentou.

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