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Adamantina usa leitos de UTI de Osvaldo Cruz para apresentar plano de flexibilização do comércio

Plano Adamantina propõe mesmo critério utilizado na Grande São Paulo

REGIONAL - A Prefeitura de Adamantina apresentou ações para que o município mantenha o comércio local aberto. Mas para isso inseriu em seu plano de enfrentamento da Covid-19 as vagas de UTI específicas para a pandemia existentes na Santa Casa de Osvaldo Cruz.
 
Pelo Plano São Paulo, a cidade está na fase vermelha, a mais restritiva e que permite apenas o funcionamento de serviços essenciais. 
 
A fim de justificar a possibilidade de retomada das atividades econômicas ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), onde tenta reverter a situação que determinou o fechamento do comércio não essencial, o Poder Executivo daquela cidade criou o Plano Adamantina. A cidade incluiu outros municípios para justificar a proposta local para manter o comércio aberto.
 
Como?
 
Segundo o Prefeito de Adamantina, Márcio Cardin, há microrregiões que estão na fase vermelha e outras na fase amarela (que é o caso da capital).  Mas em São Paulo, a regra não é a mesma utilizada pelo Governo do Estado em relação ao interior. 
 
Enquanto o interior utiliza a regra de vinculação por Departamento Regional de Saúde, na Grande São Paulo o que vale são os quadros epidemiológicos por microrregiões.
 
Então o que fez o Poder Executivo de Adamantina? Pegou o contexto da Covid-19 de Inúbia Paulista, Pacaembu, Sagres, Flórida Paulista, Lucélia, Mariápolis, Salmourão, Pracinha, Osvaldo Cruz e do próprio município (que compõem a microrregião de Adamantina) para elaborar um plano local.
 
No entender do Prefeito Márcio Cardin, sua microrregião estaria na fase 4 (Verde), que prevê a abertura gradual de todos os setores. A justificativa é porque, por exemplo, a taxa de ocupação hospitalar de 14% em UTIs levando-se em consideração não apenas as vagas de sua cidade, mas também as de Osvaldo Cruz.
 
Hoje na microrregião de Adamantina a maioria dos leitos de UTI para o novo coronavírus está na Santa Casa de Osvaldo Cruz e não na Santa Casa de Adamantina. Enquanto Osvaldo Cruz tem 9 leitos de UTI para Covid-19, Adamantina tem 5. 
 
Os outros critérios são: a quantidade de casos, o número de internações e o número de óbitos.
 
Adamantina tem o pior quadro de casos e mortes da microrregião
 
Entretanto, os dados sobre casos da Covid-19 entre as cidades da microrregião mostram que Adamantina tem o maior número de casos positivos e mortes pela doença.
 
E entre as cidades de Inúbia Paulista, Pacaembu, Sagres, Flórida Paulista, Lucélia, Mariápolis, Salmourão, Pracinha e Osvaldo Cruz as únicas cidades que tiveram óbitos pela Covid-19 foram Lucélia e Adamantina. 
 
A campeã é Adamantina com 64 casos e 5 mortes pelo novo coronavirus (e uma morte sob suspeita). Nesta quinta-feira (2) a Secretaria de Saúde daquela cidade confirmou mais sete casos da doença. 
 
Nova medida judicial
 
Na última terça-feira (30), a Prefeitura de Adamantina acatou a última decisão da Justiça e suspendeu a vigência do decreto que colocava o município na fase 2, laranja, do Plano São Paulo.
 
Na decisão, o desembargador Aroldo Viotti entendeu que o município deve seguir o enquadramento regional e suspendeu a decisão exarada pelo juiz da 2ª Vara de Adamantina, que permitia a abertura. Com isso, a quarentena está prorrogada no município até o dia 14 de julho de 2020 nos termos do Decreto Municipal nº 6.111/2020, estando na fase 1, vermelha, de acordo com o Plano São Paulo.
 
O prefeito Márcio Cardim explicou que a Procuradoria-Geral do município entrou com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). A liminar não foi concedida, mas o processo está em tramitação no órgão. 
 

 

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