Polí­tica

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Quero estar presente nos bairros para ouvir a população e levar os pedidos dela para a Câmara, afirma Roberto Amor

Sobre a polêmica da oferta de uma secretaria em troca de vaga para suplente, vereador eleito pelo PV declara que “assunto morreu”

Roberto Amor ao lado do deputado federal Evandro Gussi, do PV. (Foto: Arquivo Pessoal) Roberto Amor ao lado do deputado federal Evandro Gussi, do PV. (Foto: Arquivo Pessoal)

OSVALDO CRUZ - Novos rostos devem compor a Câmara Municipal de Osvaldo Cruz a partir de 1º de janeiro de 2017.

Após a quarta tentativa, finalmente o servidor público municipal Roberto Amor Lhana (PV) foi eleito, tendo alcançado 561 votos.
Já conhecido pela atuação enquanto presidente da Associação de Moradores do Jardim Paraíso, Roberto Amor revelou ao Jornal Cidade Aberta que sempre teve o sonho de trabalhar em prol dos mais necessitados e promete realizar “um trabalho voltado para a população mais carente e ajudar realmente quem precisa”.

Ainda em outubro, logo após a eleição, Roberto Amor se envolveu em uma polêmica sobre a oferta de uma secretaria, feita por políticos locais, supostamente em troca de vaga para um suplente. Depois de esclarecido o fato, o vereador eleito pelo PV declarou que o “assunto morreu”.

Jornal Cidade Aberta - Qual trabalho o senhor espera desenvolver integrando a Câmara Municipal de Osvaldo Cruz a partir de 1º janeiro de 2017? Qual será o foco de sua atuação no Legislativo municipal?
Roberto Amor Lhana - Eu sempre tive o sonho de trabalhar em prol dos mais necessitados. Tentei quatro vezes essa cadeira [de vereador] e consegui somente na quarta tentativa. Já faço um trabalho como voluntário há anos no bairro onde moro. Sei que vereador não é só do bairro, é da cidade toda, mas eu pretendo fazer um trabalho voltado para a população mais carente e ajudar realmente quem precisa.

JCA - O senhor é membro do Partido Verde, que possui em seu quadro regional representantes na Assembleia Legislativa paulista (deputado estadual Reinaldo Alguz) e no Congresso Nacional (deputado federal Evandro Gussi). O senhor mantém contato com esses e outros parlamentares? Como atrair investimentos políticos deles para Osvaldo Cruz?
Roberto Amor - A meta dos quatro vereadores que se elegeram pelo PV é trabalhar juntamente com esses dois deputados, tanto estadual quanto federal, para conseguirmos verbas para a cidade até porque Osvaldo Cruz necessita muito desses recursos. Já conversamos internamente que, em vez de procurarmos outros deputados, de outras regiões, vamos, antes de tudo, procurar o Reinaldo Alguz e o Evandro Gussi.

JCA - Como será a sua relação com o Poder Executivo osvaldo-cruzense?
Roberto Amor - Minha relação é ótima. Sou do mesmo grupo [político] do prefeito. Passada a Eleição todo mundo tem que se unir, não deve ter oposição e situação, temos que pensar no bem de Osvaldo Cruz. Tudo que vier do Executivo e for coisa boa para a população pode contar com o meu apoio, com o meu voto. Mas quando eu vir que [algo] no meu parecer eu não admita, estarei contra.


JCA - Desde a época da campanha política há rumores de um rompimento entre o senhor e o vereador eleito e atual vice-prefeito Luiz Antônio Gumiero, o Luizinho (PV). O senhor confirma essa informação? Caso sim, o que levou a esse possível rompimento?
Roberto Amor - Não há rompimento. Houve várias desavenças durante a campanha entre eu e ele porque não bateram as ideias. Acho que ele, enquanto presidente do partido, deixou a desejar quanto ao apoio aos candidatos a vereadores. É lógico que, como candidato, ele viu o lado dele e por isso acabou acontecendo algumas falhas e nós nos desentendemos. Mas isso já passou. Agora temos que pôr uma pedra em cima e trabalhar em prol de Osvaldo Cruz.


JCA - Nos bastidores, Luizinho Gumiero e o vereador reeleito Adenilson Aparecido Barbosa, o Exclusivo (PDT), se manifestaram como pré-candidatos à presidência da Câmara para o próximo biênio. Quem o senhor pretende apoiar?
Roberto Amor - Vou ser sincero: já tivemos uma reunião no PV, mas, particularmente, ele [Luizinho] não chegou em mim para dizer que é candidato [à presidência da Câmara] ou para pedir o meu voto. Então, ainda não sei. Vou conversar com ele e, se o Exclusivo também é candidato (não sei se só serão os dois), vou ouvir os dois lados. Quem eu vir que tem a melhor proposta para Osvaldo Cruz e para a harmonia dos vereadores, nesse vou votar. Não vou por determinação de partido. Vou decidir pela minha cabeça.


JCA - Logo após as Eleições de 2 de outubro, levantou-se uma polêmica na qual supostamente líderes partidários teriam oferecido ao senhor uma secretaria em troca de sua cadeira no Legislativo em favor do então candidato Paulo Henrique da Silva, o PH (PV). O que de concreto houve, afinal? Que resultado teve esse assunto?
Roberto Amor - Esse assunto foi muito polêmico, mas, na verdade, foi mal interpretado. Houve uma reunião interna do PV entre os quatro candidatos eleitos pelo partido, entre eles o presidente do PV, Luizinho Gumiero, e um empresário da cidade que também é do PV, e nessa conversa foi sugerida [uma secretaria] aos quatro. Depois, quando eu estava em viagem a Bauru, me ligaram dizendo que tinha saído uma matéria no Língua de Trapo, do Jornal Cidade Aberta, que eu possivelmente teria aceitado e mudaria o quadro de vereadores do PV, o que faria com que o suplente assumisse [a vaga]. Como eu participei dessa reunião e a oferta foi para os quatro e na reunião nós não aceitamos, eu achei estranho o meu nome ter sido citado dessa maneira. Eu procurei o jornal, esclareci as coisas porque houve mesmo uma proposta para os quatro, uma situação corriqueira e, nessa reunião, como ninguém quis, morreu o assunto. Acho que isso já passou e também vamos pôr uma pedra em cima.

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