SÃO PAULO - Os dois candidatos à presidência da República, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), receberam ontem um ultimato do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, durante a mensagem final do seu programa religioso transmitido pela Rede TV! e pela Band.
Malafaia afirmou que, independentemente do partido, o apoio dele no segundo turno das eleições vai depender da posição do candidato sobre o projeto de lei 122/2006, conhecido como projeto contra a homofobia.
De acordo com o pastor, o projeto não é de defesa dos direitos da liberdade de orientação sexual, mas sim de criminalização de quem não concorda com a prática do homossexualismo.
"Se essa lei passar, haverá uma pena de três a cinco anos de prisão para quem, por exemplo, não quiser que uma pessoa homossexual seja a babá do seu filho. Essa não é uma decisão que cabe ao estado", disse Malafaia.
O pastor afirmou que o voto dos evangélicos, que são 25% do eleitorado, nunca foi tão cobiçado pelos políticos.
"Nós somos um segmento social como tantos outros e temos o direito de exercer a nossa cidadania", disse.
Na TV, o pastor não quis apoiar nenhuma das duas candidaturas.
