Política
27159Laranja mentiu ao citar propina para o PSDB, diz advogado de doleiro
O advogado entrou na Justiça com um pedido de acareação entre o laranja e o doleiro
NACIONAL - O advogado do doleiro Alberto Youssef, Antonio Augusto Figueirdo Basto, diz que é "mentirosa" a citação feita por um dos laranjas do esquema de que integrantes do PSDB também receberam propina.
O advogado entrou na Justiça com um pedido de acareação entre o laranja e o doleiro.
O laranja, Leonardo Meirelles, disse em audiência na Justiça federal nesta segunda-feira (20) ter ouvido o doleiro citar Sérgio Guerra –ex-presidente do PSDB que morreu em março deste ano– numa conversa telefônica.
Meirelles contou também que havia outro parlamentar do PSDB envolvido no esquema de suborno, que seria do Paraná.
A Folha de São Paulo revelou na última quinta-feira (16) que o nome de Guerra havia sido mencionado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em sua delação premiada como beneficiário de R$ 10 milhões.
O senador e então presidente do PSDB teria recebido o montante para ajudar a esvaziar a CPI da Petrobras em 2009.
A reportagem da Folha sobre Guerra não fazia menção a Youssef.
Segundo Figueiredo Basto, Meirelles não conhecia o doleiro na época da CPI da Petrobras ou mesmo no ano seguinte. "O Leonardo disse em depoimento à polícia que conheceu o Alberto Youssef em 2012. Ou ele mentiu na polícia ou mentiu no depoimento à Justiça".
Ainda de acordo com Figueiredo Basto, seu cliente jamais trabalhou para o PSDB. "A colaboração do meu cliente é apartidária. Ele não está preservando ninguém, mesmo porque perderia os benefícios se ficar provado que ele mentiu".
Já Paulo Roberto Costa disse em seu acordo que o esquema beneficiava principalmente três partidos (PT, PMDM e PP), mas citou o PSDB no caso da CPI da Petrobras.
Youssef decidiu fazer um acordo de delação premiada porque poderia ser condenado a mais de cem anos de prisão nas ações penais em que é réu. Ele prometeu contar o que sabe em troca de redução de pena.
Não serão aceitas mensagens com conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade, ou que desrespeite a privacidade alheia;