Polí­tica

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Câmara arquiva plano de carreira de servidores do Legislativo

Irregularidades foram detectadas na proposta

OSVALDO CRUZ - A Câmara Municipal de Osvaldo Cruz esteve reunida na noite desta terça-feira(22) para apreciação de vários projetos de lei, requerimentos e indicações e o projeto mais polêmico da noite acabou não sendo votado: o que reajustava em 6,78% os salários dos servidores municipais. Os vereadores pediram vista do projeto e ele foi retirado da pauta.

Assim, a proposta que mais chamou a atenção foi mesmo a apreciação do veto do prefeito Edmar Mazucato ao projeto de autoria dos vereadores sobre o Plano de Salários dos servidores da Câmara Municipal. A proposta foi elaborada com irregularidades que poderiam beneficiar poucos servidores do Legislativo em detrimento da maioria com aumentos reais de salários bem acima da inflação.

Os vereadores, de forma unânime, mantiveram o veto total do prefeito e o projeto foi arquivado devido a denúncias de outros servidores da própria Câmara. O projeto foi elaborado em base dos ganhos em projeção horizontal (reajuste a cada cinco anos) que é direito dos funcionários do poder Executivo e que os servidores do Legislativo também gostariam de ter. No entanto, de acordo com Mazucato, ao analisar anexos do projeto, uma parte dos servidores da Câmara teria um ganho real nos salários.

O próprio presidente da Câmara, Adilson Ballardini, já havia adiantado à imprensa que o projeto foi aprovado pelos próprios vereadores anteriormente com irregularidades. Depois a proposta foi para a sanção ou veto do prefeito Mazucato, que o vetou.

o presidente da Câmara, Adilson Ballardini (PV) destacou que o veto do prefeito Edmar Mazucato deverá ser mantido pelos vereadores.

“Eu concordo [com o veto] e vamos apurar para ver se houve ma fé na elaboração do projeto”, disse Ballardini.

O vereador elogiou a postura dos servidores que ficaram de foram do ganho real. “Eles se atentaram a esse detalhe e eu como presidente [da Câmara] vou estar tomando as providências”, garantiu.

Servidores já tiveram reajuste

Um dos motivos alegados pelo prefeito Mazucato para vetar o projeto de plano de carreira no Legislativo, foi o aumento de 6,8% que os nove funcionários da Câmara já conquistaram este ano.

O aumento foi aprovado em fevereiro, pouco depois do aumento de quase 6% que alterou os vencimentos dos vereadores para R$ 3,7 mil.

Os vereadores poderiam derrubar o veto do prefeito nesta segunda-feira e manter a aprovação, mas diante das irregularidades entenderam por arquivar o projeto.

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