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Após cassação de prefeito, vice prefeita de Flórida Paulista se nega assumir Prefeitura

Maria Teixeira Ferracini (PPS) tomaria posse como prefeita neste sábado (17). Ela enviou uma carta e manifestou o 'desinteresse' em assumir o municípi

Com a renúncia, Câmara declarou extinto o cargo de vice-prefeito de Flórida Paulista (Foto: Mariane Santos/TV Fronteira) Com a renúncia, Câmara declarou extinto o cargo de vice-prefeito de Flórida Paulista (Foto: Mariane Santos/TV Fronteira)

FLÓRIDA PAULISTA - A vice-prefeita de Flórida Paulista, Maria Teixeira Ferracini (Mariazinha, do PPS), que tomaria posse como prefeita neste sábado (17), renunciou ao cargo. No documento enviado à Câmara Municipal, ela manifestou o desinteresse por motivos pessoais. Conforme o jurídico do Legislativo, com a desistência, até segunda-feira (19) o município está “sem governo”.

A cerimônia de posse estava marcada para a manhã deste sábado (17), mas Mariazinha não compareceu e enviou apenas a carta endereçada ao presidente da Casa de Leis, Sidnei Gazola (PSB). "Manifesto meu desinteresse em assumir o cargo de prefeito deste município por motivo de foro íntimo", afirmou.

Mariazinha, de 70 anos, foi chamada para assumir o Poder Executivo após a cassação de Maxsicley Grison (PSDB). A sessão que encerrou o mandato do prefeito eleito em 2012 foi realizada nesta quinta-feira (15) e durou oito horas.

A investigação teve início em abril deste ano após ter havido a denúncia de que o atual prefeito teria contratado, em 2014, uma empresa de limpeza pública que não tinha recursos financeiros para cumprir o contrato, o que é ilegal, segundo o representante do setor jurídico.

Os dois foram candidatos nas eleições deste ano, mas não foram reeleitos.

'Sem governo'

Com a renúncia, o assessor jurídico da Câmara de Flórida Paulista, Henrique Bastos Marquezi, explicou ao G1 que Mariazinha perdeu o seu cargo como vice-prefeita e, agora, o município está sem o chefe do Executivo.

“Conforme a Lei Orgânica do Município, no caso da vacância do cargo de prefeito e a renúncia do vice em assumir, ele perde o cargo. Então, a Câmara, por um ato da mesa, declarou extinto o cargo da vice-prefeita, que agora não ocupa nenhuma função na administração”, justificou Marquezi.

Sem ninguém à frente do Executivo, o Legislativo já marcou uma sessão extraordinária para às 7h30 desta segunda-feira (19) para que o presidente da Câmara, Sidnei Gazola (PSB), assuma a cadeira vaga na Prefeitura.

"Por ser um dia útil, os vereadores acharam por bem marcar a sessão logo pela manhã para que o presidente assuma como prefeito e já vá para a Prefeitura. Ele deve permanecer no cargo até dia 31 de dezembro", salientou ao G1.

Com a saída do presidente da Casa de leis, o vice-presidente Wellington Ghidini (PSDC) assume o Poder Legislativo de forma automática. O assessor jurídico pontuou que foi a primeira vez que houve a cassação de um prefeito por meio de uma Comissão Processante no município e a vacância do cargo de prefeito e vice-prefeito ao mesmo tempo.

"Pode-se dizer que o município está sem governo por enquanto, pois as sessões extraordinárias precisam ser marcadas com dois dias de antecedência", frisou Marquezi.

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