Política
35323Após 16 horas em sessão, Câmara cassa vereador de Rosana
Cícero Simplício (PTB) está envolvido nas operações Devassa e Kratos. Julgamento terminou com nove votos a favor da cassação
ROSANA - Na madrugada desta quarta-feira (29), foi concluída a sessão de julgamento na Câmara Municipal de Rosana, com duração de, aproximadamente, 16 horas, que decidiu pela cassação do mandato do vereador Cícero Simplício (PTB). Ele é acusado de envolvimento com a Operação Devassa, realizada pelo Ministério Publico Estadual e pela Polícia Civil, que apurou supostos desvios de verbas públicas destinadas a viagens. De acordo com as informações do presidente da Casa de Leis, José Roberto dos Santos (PRB), foram nove votos a favor da cassação.
A sessão, que teve início por volta das 9h20 na terça-feira (28), terminou por volta da 1h15 desta quarta-feira (29). “É um processo lento, pois tudo deve ser lido para que haja a votação. O único que foi dispensado do voto foi o suplente de Cícero Simplício [PTB], por interesse comum”, afirmou Santos.
O presidente do Legislativo ressaltou que não haverá sessão posse do suplente Diego Ricardo da Silva (PRP), pois o mesmo já atua no cargo desde que o Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra Simplício e houve o afastamento.
O presidente ainda ressaltou que a sessão foi tranquila e que não houve tumulto. “Participaram os vereadores e os funcionários da Câmara. O que podemos perceber foi que, com os últimos acontecimentos, a população desacreditou da política, pois não houve a presença de munícipes. Nós pretendemos continuar os trabalhos para mudar isso”, acrescentou.
Como Cícero Simplício não compareceu a sessão, assim como o seu advogado, Luiz Infante, a Casa de Leis acionou, para representá-lo, a advogada Cíntia Magali Mortanho Vaca.
Cícero Simplício já estava afastado do cargo desde janeiro deste ano, por determinação da Justiça, assim como aconteceu com outros quatro vereadores e quatro funcionários da Câmara.
O vereador também responde às acusações da Operação Kratos, realizada pela Polícia Civil. Neste caso, o Ministério Público Estadual já apresentou à Justiça denúncia contra ele pelo crime de denunciação caluniosa.
Nesta quinta-feira (30) está marcado o julgamento do também vereador afastado Walter Gomes da Silva (SD), outro envolvido nas operações Devassa e Kratos. Estes autos têm 1.042 páginas.
Conforme o diretor da Câmara Municipal, Anderson Maia de Oliveira, os outros três parlamentares envolvidos na Operação Devassa também passarão pelo mesmo procedimento. No entanto, ainda não há data definida.
Julgamento
Inicialmente, é feita a leitura dos autos, depois disso, o acusado tem duas horas de defesa e, depois, os outros vereadores podem falar. Em seguida, é feita a votação secreta.
Na sessão de julgamento, o processo é lido, integralmente, e, a seguir, os vereadores que desejarem podem se manifestar verbalmente pelo tempo máximo de 15 minutos cada um.
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