- Atualizado em 09:24
Polícia
36560Provedor afastado da Santa Casa de Pres. Venceslau paga fiança e é solto
Ele havia sido preso em junho, durante a Operação Sanctorum. Alvará de soltura foi cumprido na tarde desta quarta-feira (21)
PRESIDENTE VENCESLAU - Foi libertado na tarde desta quarta-feira (21) o provedor afastado da Santa Casa de Presidente Venceslau, Antônio José Aldrighi dos Santos. Conforme a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP), ele deixou o Centro de Ressocialização (CR) de Presidente Prudente por volta das 13h30, em cumprimento ao alvará de soltura expedido pela Justiça da Comarca de Presidente Venceslau, a qual concedeu-lhe liberdade provisória mediante o pagamento de fiança.
Aldrighi foi preso em junho, durante o andamento da Operação Sanctorum, que investigou um suposto esquema de desvio de verbas de emendas parlamentares de deputados estaduais e federais ainda não identificados destinadas a hospitais filantrópicos, com a compra superfaturada de equipamentos médico-hospitalares.
Na época, além do provedor afastado, outros quatro homens foram presos. Porém, destes, apenas Gilmar Aparecido Alves Bernardes ainda permanece detido. Luiz Antônio Trevisan Vedoin e Ronildo Pereira de Medeiros foram soltos no começo de setembro, conforme sua defesa, e, Denivaldo Mateus de Lima, foi liberado ainda em junho.
De acordo com o promotor de Justiça Rodrigo Melgarejo, as prisões ocorreram para garantir a produção de provas. “Essas provas foram colhidas e chegamos perto do encerramento da primeira etapa do processo criminal”, explicou ele ao G1nesta quarta-feira (21). Três acusados foram soltos mediante o recolhimento de fiança e responderão em liberdade. “Ainda não tem uma sentença, mas serão julgados”, afirmou.
Dois acusados recolheram R$ 125 mil de fiança, cada um, e Aldrighi, o valor de R$ 60 mil, ainda conforme relatou ao G1o promotor.
O valor estimado para ser restituído aos cofres públicos está na faixa de R$ 1 milhão, entre dinheiro e bens, segundo Melgarejo. "O valor já foi recolhido e, se condenados, a fiança será revertida ao Poder Público”, explicou.
Haverá desdobramentos do caso, segundo o promotor, e as investigações seguem sob sigilo.
Uma audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 7 de outubro, às 9h30, na 1ª Vara do Fórum de Presidente Venceslau.
Outro lado
Em contato com a defesa de Luiz Antônio Trevisan Vedoin e Ronildo Pereira de Medeiros, o G1 foi informado de que ambos estão em prisão domiciliar, em Cuiabá (MT). “Eles estão cumprindo as determinações e estão à disposição da Justiça”, afirmou.
O G1 tentou contato com a defesa de Antônio José Aldrighi dos Santos, mas não obteve êxito até o momento desta publicação.
O G1 ainda manteve contato com o escritório de advocacia que cuida da defesa de Gilmar Aparecido Alves Bernardes, que ficou de retonar a ligação.
O caso
A Operação Sanctorum foi deflagrada pela Polícia Civil de Presidente Venceslau em junho e prendeu, na época, cinco homens acusados de participarem de um suposto esquema de desvio de verbas de emendas parlamentares de deputados estaduais e federais ainda não identificados destinadas a hospitais filantrópicos, com a compra superfaturada de equipamentos médico-hospitalares.
As verbas parlamentares eram destinadas à compra de equipamentos, mas esse dinheiro precisava ser gasto com as empresas indicadas pelo esquema, sendo estas instituições de fachadas e em nome de "laranjas".
Quatro envolvidos com a Operação Sanctorum foram presos no dia 2 de junho. Luiz Antônio Trevisan Vedoin e Ronildo Pereira de Medeiros estavam em Cuiabá (MT), Gilmar Aparecido Alves Bernardes, em Presidente Prudente, e Denivaldo Mateus de Lima, em Aparecida de Goiás (GO). Porém, Lima foi liberado no dia 6 de junho.
No mesmo dia, o provedor afastado da Santa Casa de Presidente Venceslau, Antônio José Aldrighi dos Santos, também foi preso temporariamente. Ele estava em um prédio comercial, no Centro da cidade, quando a equipe policial cumpriu o mandado de prisão.
Não serão aceitas mensagens com conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade, ou que desrespeite a privacidade alheia;