Polí­cia

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MP entrega ofício para SSP cobrando mais segurança nas armas da PM

Promotor demonstra preocupação com disparos acidentais de pistolas

ESTADUAL - O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE) protocolou nesta segunda-feira (18) um ofício na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), que protesta contra as falhas de armas usadas por policiais militares. Isso porque a corporação admitiu que existem relatos e relatórios de disparos acidentais das pistolas .40, modelo 24/7, mesmo após passarem por manutenção pela Empresa Forjas Taurus.

De acordo com o texto do promotor Jurandir José dos Santos, baseado em reportagens apresentadas pela TV Fronteira e pelo G1, algumas armas disparam ao serem “chacoalhadas", mesmo já travadas. O texto ainda relata casos de policiais que portam as pistolas desmuniciadas ou que utilizam como primeiras balas as de “festim”, com o objetivo de evitar ferimentos a eles próprios ou a outras pessoas.

A decisão de oficiar a secretaria se deu após a própria polícia confessar problemas em seus equipamentos. “Preocupa-nos a situação, mormente quando a Polícia Militar de São Paulo, através do seu Centro de Comunicação Social, endereçou e-mail a um jornalista da TV Fronteira de Presidente Prudente […], e pontua o seguinte: 'cumpre esclarecer que, mesmo após a revisão, há relatos, relatórios e laudos de armas que, após correção efetuada [pela empresa responsável pelas armas], ainda apresentaram problemas de disparos acidentais [...]'”, discorre o promotor.

Santos também comentou a morte da atriz e produtora cultural Luana Barbosa, que foi atingida por um tiro em um bloqueio policial. Ele relembra que o policial afirmou, na ocasião da morte, que o disparo foi acidental e ocasionado após o capacete do condutor da motocicleta em que a jovem estava, o músico Felipe Barros, bater na arma, “[...] sendo certo que a cápsula deflagrada não foi ejetada, conforme perícia realizada e fotos tiradas da referida pistola e também veiculados pela imprensa”.

Ainda no ofício, o promotor declara que sua maior preocupação é com “acidentes”  futuros durante o período de serviço e reforça a importância de uma tomada de posição por parte da Secretaria de Estado de Segurança Pública, que “praticamente confessa que a Corporação está utilizando armamento ineficaz”, segundo o ofício. Ele ainda pede providências para que situações como esta sejam evitadas.

A Secretaria de Segurança Pública informou que ainda não recebeu o documento.

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