Mãe e filho presos em Tupã: golpe do bilhete

Dois estelionatários – Maria Aparecida de Souza, 63, e Aldair Alves de Souza, 38, mãe e filho, moradores em Londrina/PR, foram presos na tarde de ontem em Tupã porque tentavam aplicar o conto do bilhete premiado contra L.B.F.S., 64, residente em Bastos.

L.B.F.S estava próximo à Praça do Ovo, em Bastos, quando foi abordada por uma mulher que dizia chamar-se Tereza – na realidade Maria Aparecida de Souza.

 

A estelionatéria lhe perguntou se conhecia um certo senhor evangélico e onde ele morava. Ela respondeu que não e procurou sair de perto da mulher, mas a golpista insistiu, dizendo que morava em Minas Gerais.

 

Logo depois, um rapaz – identificado depois como Aldair Alves de Souza – se aproximou e começou a conversar com as duas.

 

Tereza passou a fazer perguntas ao rapaz como se não o conhecesse.

A conversa continuou. Maria Aparecida retirou de seu sutiã um bilhete dizendo ser premiado.

 

Aldair pegou o bilhete, examinou e saiu. Voltou mais tarde confirmando que o bilhete era realmente premiado e o prêmio era de R$ 1 milhão e 400 mil.

 

Maria Aparecida propôs dar à vítima de Bastos e ao outro golpista R$ 60 mil, também porque os dois teriam que retirar o prêmio, pois ela não tinha documentos.

 

Ela dizia que confiava nos dois, mas queria uma garantia de R$ 40 mil de cada um. Aldair saiu e voltou com um envelope dizendo que havia R$ 40 mil, forçando a vítima L.B.F.S. a fazer o mesmo.

 

Todos foram para a agência do Banco do Brasil de Bastos, onde Maria Aparecida e Aldair ficaram do lado de foram, enquanto L.B.F.S. ia até o caixa.

 

A sorte foi que uma funcionária do banco, amiga da família da vitima, disse que o banco não dispunha dessa quantia e que uma retirada no valor de R$ 40 mil devia ser solicitada com dois dias de antecedência.

 

L.B.F.S. saiu do banco e disse que não havia conseguido o dinheiro. Aldair propôs todos irem a Tupã para retirar o dinheiro na agência local do Banco do Brasil de lá.

 

Chegaram por volta de 13h30. A vítima entrou no banco e os dois estelionatários permaneceram do lado de fora.

 

Dentro do banco, um funcionário disse que precisava verificar se havia tal quantia em disponibilidade. Foi neste momento que caiu a ficha da vítima e ela pensou se tratar de um golpe. O funcionário ainda indagou se ela estava comprando algum bilhete. Ela respondeu que não.

 

Logo depois foi informada que não havia R$ 40 mil em disponibilidade e que ela deveria voltar no dia seguinte acompanhada de um filho.

 

A vítima saiu do banco e informou que não conseguira sacar o dinheiro. Aldair insistiu em que saíssem dali. Entraram no veículo, um Renault Scenic, com placas de Londrina, e saíram.

 

O veículo foi seguido por um policial civil Ulisses, pois a polícia havia sido alertada da tentativa de retirada de dinheiro por funcionários da agência do Banco do Brasil, em Bastos.

 

O investigador deu sinal para que o motorista do Scenic parasse, mas o bandido seguiu e foi cercado. O golpista ainda tentou fugir e o policial disparou um tiro contra a porta do veículo. A bala passou pela lataria e atingiu a perna esquerda do motorista.

 

Os ocupantes do veículo foram rendidos e Aldair Alves de Souza e sua mãe Maria Aparecia de Souza foram presos em flagrante por tentativa de estelionato e recolhidos à cadeia de Rinópolis.