DDM investiga morte de adolescente que passou mal em show em Prudente

PRESIDENTE PRUDENTE -  A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) está investigando a morte do adolescente Samuel de Souza Bodan, de 15 anos. Ele passou mal enquanto estava em um show no último sábado (18), no Rancho Quarto de Milha, em Presidente Prudente, e morreu nesta quarta-feira (22), após três dias internado no Hospital Regional (HR).

O inquérito foi aberto pela DDM, pois a vítima é menor de idade. Segundo a tia do jovem, Emiliana de Oliveira Bodan, de 32 anos, essa era a primeira vez em que o sobrinho saía com os amigos. “O pai levou e outra pessoa iria buscar. Ele estava com os amigos, também menores de idade”, relata.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Daniela Roefero Marrey Sanchez, as testemunhas que foram ouvidas disseram que a vítima tomou um copo de cerca de 300 ml de uísque. “Ele comprou a bebida de ambulantes no local e depois falou que estava se sentindo tonto. Ele sentou e depois ficou deitado. As pessoas que estavam com ele tentaram ajudar e o levaram desmaiado para a ambulância da empresa terceirizada que prestava os socorros no show”, afirma.

Segundo o HR, o rapaz deu entrada no hospital na madrugada do domingo (19), e “foi levado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, em estado grave e inconsciente”. Ainda conforme a delegada, um primeiro Boletim de Ocorrência foi registrado por Emiliana, mas baseado em “suposições” de terceiros.

“Primeiro foi dito que alguém havia fornecido a bebida alcoólica ao jovem, mas foi apurado que ele comprou no local. Outra questão era sobre o uso de anabolizantes, porém, essa informação também não foi confirmada por ninguém”, explica Daniela.

A nota do Hospital Regional encaminhada ao iFronteira fala também que, “apesar dos esforços da equipe médica e de enfermagem, o jovem veio a óbito às 12h30 de hoje (22)”. O corpo do adolescente foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização do exame necroscópico.

“Vamos aguardar o laudo necroscópico, que vai atestar as causas da morte, e depois vamos tentar identificar quem foi o vendedor que forneceu a bebida alcoólica ao rapaz. O anabolizante é uma questão paralela que pode ser incluída no curso das investigações”, ressalta a delegada.

A DDM tem 30 dias para a conclusão do inquérito, prazo que pode ser prorrogado.