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Caminhoneiros iniciam terceiro dia de manifestação no Oeste Paulista

Polícia Rodoviária afirmou que grupo voltou para rodovia da região. Protestos ocorrem em Parapuã e Pacaembu desde 8h30

PARAPUÃ - A manifestação dos caminhoneiros entrou no seu terceiro dia na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, nos trechos de Parapuã (SP) e Pacaembu (SP).  Nesta quinta-feira (26), o grupo retornou ao acostamento da estrada por volta das 8h30. De acordo com a Polícia Rodoviária, eles interceptam todos os caminhões para que eles não sigam viagem. O trânsito está liberado para outros veículos.

Em Parapuã, no km 560, o primeiro protesto foi na terça-feira (24), por volta das 11h45. Enquanto no km 618 da mesma rodovia, em Pacaembu, o movimento começou na quarta-feira (25), por volta das 9h10.

Entre as reivindicações estão a redução no valor do óleo diesel, bem como dos pedágios e impostos; valorização dos fretes; melhoria nas estradas; regulamentação adequada às horas de trabalho; e mais segurança no transporte.

Um dos profissionais que aderiram à causa, Alan Batilani, de 30 anos, afirma que a proposta aceita pelo sindicato não demonstra a vontade dos trabalhadores, e que só liberaram as vias na noite desta quarta (25) por conta da "pressão sofrida".

Ele explica que não entendeu o motivo do sindicato entrar em acordo com o governo com uma proposta que todos entendem ser inviável. "Não gostamos de ficar parados, mas não há condição de trabalhar. Nós transportamos alimentos e combustíveis para as pessoas e não podemos comprá-los", pontua o manifestante.

Alan relata ainda que, até o final da tarde, o movimento espera cerca de 600 caminhões parados na rodovia e teme pela pressão que possa acontecer. "Por enquanto temos 40 veículos parados, mas até a tarde teremos muito mais e amanhã [sexta-feira] mais ainda. A partir de agora, ficaremos aqui 24h por dia. Claro que temos medo de represália, mas não temos mais opções. Estamos endividados", detalha Batilani.

O governo conseguiu na Justiça a liberação das rodovias federais em 11 estados. Porém, na manhã desta quinta-feira, os caminhoneiros mantinham bloqueios em alguns deles.

Negociação

Para chegar a um acordo com a categoria, o governo se comprometeu a sancionar sem vetos a Lei dos Caminhoneiros, aprovada pela Câmara no dia 11, e a não reajustar o preço do diesel nos próximos seis meses.

O anúncio foi feito pelo secretário-geral da Presidência, ministro Miguel Rossetto, após reunião com representantes dos caminhoneiros na tarde de quarta-feira em Brasília. O ministro disse ainda que empresários e motoristas elaborarão uma tabela para definir os preços do frete.

Em contrapartida, o governo exige a liberação imediata de todas as estradas com bloqueio no país. Em uma semana de mobilização nacional, já foram registradas paralisações de caminhoneiros em 14 estados.

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