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Zeca revela teimosia em lesão e choro ao ser cortado da Seleção olímpica

Atleta voltou aos treinos com bola na sexta-feira e deve ficar à disposição contra o Grêmio

SANTOS - Em pouco mais de uma semana, o lateral santista Zeca viveu ápices de sentimentos que um jogador de futebol pode passar em sua carreira. Aos 21 anos, o jogador foi convocado para a Seleção olímpica do Brasil e não escondeu toda sua emoção com a notícia inédita. Mas uma lesão no quadril veio como um balde de água fria e acabou, pelo menos por enquanto, com este sonho particular. À Gazeta Esportiva, Zeca revelou que não fosse seu impulso de querer jogar de qualquer forma, as coisas poderiam ter acontecido de outra maneira.

“Fui teimoso, porque sou novo. Quero jogar. Quero jogar sempre. Senti uma dor no músculo rotatório da coxa, perto do quadril. Só que eu não pedi para sair, né? O Dorival comentou comigo ainda, perguntou se eu estava bem. Disse que, qualquer coisa, era para eu dar uma segurada”, contou, lembrando de como tudo aconteceu durante a vitória por 3 a 2 sobre o Figueirense, no Pacaembu, em partida que garantiu o Peixe nas semifinais da Copa do Brasil.

“Mas eu disse que estava bem e continuei jogando. Quando terminou o jogo, veio a dor. O corpo esfriou e veio a dor. No outro dia eu não aguentava andar. Foi aí que fiz o exame e deu o edema”, completou.

A dor maior mesmo veio no dia seguinte, depois da ressonância magnética. Zeca descobriu que apenas Gabriel representaria o Santos nos dois amistosos da Seleção olímpica, em Manaus.

“Fiquei muito triste. Sempre foi um sonho meu. Sempre quis jogar. Sempre quis mostrar no Santos primeiro, para depois ir para a Seleção. Sou grato ao Dorival, que me deu oportunidade, e ao Dunga, que me convocou. Fiquei triste”, disse, antes de detalhar como recebeu a notícia de que seria cortado da lista de convocados.

“Quando fui na sala do doutor e ele disse que eu não poderia mais viajar, chorei muito. Mas, Deus sabe o que faz. Com o tempo, vou voltar a atuar pelo Santos e, se Deus quiser, voltar à Seleção”.

Depois de desfalcar o time contra o Fluminense, Zeca voltou a trabalhar com o grupo na sexta-feira e vai usar a pausa no Campeonato Brasileiro para reunir condições totais de retomar seu posto na equipe santista.

“Estou sem dor nenhuma agora. Treinei normal. Fiquei muito triste pelo o que aconteceu. Estava a dias de ir para a Seleção, e meu sonho sempre foi ir para a Seleção. Mas aconteceu, fiquei de fora do jogo com o Fluminense também. Agora é recuperar e treinar bem para poder jogar contra o Grêmio”, resumiu.

O duelo em Porto Alegre está marcado para o dia 15, na próxima quinta-feira. E Chiquinho, que foi titular do time sob o comando de Marcelo Fernandes, já avisou que pretende “deixar uma pulga atrás da orelha do Dorival”. Zeca, no entanto, garante que não se abala com a concorrência interna mesmo depois da lesão.

“Estou tranquilo. Chiquinho é um grande jogador. Tanto ele como o Caju. Eles podem atuar em alta performance e vai do Dorival. Somos todos amigos aqui. Quem jogar, tenho certeza que vai lutar pelo time”, minimizou.

Futuro

Zeca por pouco não foi parar no Columbus Crew, time da Liga norte-americana. O lateral retirou seu passaporte horas antes de tomar ciência que seria o titular da equipe na estreia de Dorival Júnior. O voto de confiança do treinador fez o atleta revelado pelas categorias de base do Peixe mudar de rumo, ou melhor, permanecer no mesmo trilho. Agora, valorizado e vivendo talvez seu melhor momento na carreira, Zeca tem sido sondado por clubes europeus.

“Primeiramente, quero atuar como venho atuando. Quero ser campeão pelo Santos, fazer história no Santos. Sobre propostas, não chegou nada em mim até agora, não. Eu estou no Santos, minha cabeça é aqui. Estou treinando. Espero voltar contra o Grêmio e ganhar títulos pelo Santos”, garantiu, sem esconder o desejo de um dia atuar no Velho Continente. “Futuramente, sim. Só Deus sabe o dia de amanhã. Mas hoje minha cabeça é no Santos”.

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