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Victor Luis valoriza base do Palmeiras: "Nós sabemos o peso da camisa"

Titular na reta final do Campeonato Brasileiro, jogador fala sobre evolução na temporada e diz não escolher entre a lateral e o meio de campo

PALMEIRAS - O ano do Palmeiras pode não ter sido dos mais empolgantes para o torcedor brasileiro. Uma das poucas coisas positivas em 2014, talvez a única, foi o bom aproveitamento das categorias de base no time principal.

No empate com o Atlético-PR na última rodada do Brasileirão, Dorival Júnior escalou cinco atletas formados pelo clube entre os titulares. Entre eles estava Victor Luis, titular durante grande parte do segundo semestre.

- Graças ao Dorival eu consegui jogar o segundo semestre inteiro. Para mim foi muito bom. O ano do Palmeiras não foi tão bom, mas para os meninos da base foi especial porque tivemos muitas oportunidades. Sabemos que não foi ano que a torcida queria, nós mesmos não queríamos que fosse tão sofrido como foi, mas conseguimos permanecer na Série A - diz, agradecendo o apoio da torcida durante os momentos mais difíceis do ano.

- Só tenho a dizer para a torcida continuar acreditando no nosso potencial porque vamos dar o nosso melhor sempre. Nós sabemos o peso dessa camisa - completa.

Estágio em Portugal

No Palmeiras desde os 10 anos, Victor Luis, hoje com 21, poderia ter estreado antes entre os profissionais. No ano passado, após passar um ano emprestado ao Porto, de Portugal, o jovem lateral retornou ao clube e foi integrado ao plantel pelo técnico Gilson Kleina. Um problema na documentação, porém, impediu o atleta de atuar. A solução foi continuar treinando por longos oito meses.

- Sempre procurei me preparar, mesmo não podendo jogar quando tive problema de documentação. Não desanimei. Sabia que, quando tivesse oportunidade, eu tinha de estar preparado para não deixar passar - diz.

Para Victor, a passagem pelo futebol europeu logo no início da carreira o ajudou a crescer pessoalmente e profissionalmente. Ele não sabia, mas os treinamentos voltados para o sistema de marcação acabaram sendo importantes para o futuro dele no Verdão. Com Dorival, ele passou a ser utilizado como volante. E agradou.

- Fiquei uma temporada inteira em Portugal. O que posso dizer da experiência de lá foi que me fez crescer como homem e na vida profissional também. Cresci muito taticamente lá fora, corrigi muitos erros que eu tinha de marcação. E na vida pessoal foi muita responsabilidade porque você acaba tomando conta das suas coisas - conta.

Titular em clássico

Antes de trabalhar com Dorival, Victor Luis foi lançado no time titular pelo argentino Ricardo Gareca. Na época, logo depois da Copa do Mundo, Juninho negociava sua saída do clube, enquanto William Matheus havia acertado com o futebol francês. Coube ao jovem entrar como titular logo no clássico contra o Corinthians, na Arena do Timão.

Apesar da derrota, o lateral ganhou a confiança e permaneceu na equipe. A rápida mudança de status no elenco o surpreende até hoje.

- Até falava com meu pai durante a temporada que tivemos de treinos durante a Copa que eu era praticamente o quarto lateral. Tinha o Juninho, o William Matheus e o professor usava o Marcelo Oliveira também. Não tinha nenhuma perspectiva de terminar o ano como terminei - diz.

Polivalente

Agora comandado por Oswaldo de Oliveira, Victor Luis já deixou claro que não vai escolher posição. Mesmo sendo lateral de origem, o atleta se coloca à disposição para continuar atuando como volante quando houver necessidade. A única certeza, e torcida, do jovem palmeirense é que os erros cometidos em 2014 sirvam de lição para a próxima temporada.

- Não tenho ideia (em que posição vai atuar). O que o professor decidir está decidido. Eu quero continuar jogando, que é o o que eu mais gosto de fazer. Minha posição de origem é a lateral esquerda. Eu não tive tanta dificuldade porque já tinha atuado no meio. Me senti bem à vontade e acho que tive uma boa evolução. Espero que possa continuar a equipe, seja na lateral ou no meio.

- Temos de pegar tudo de bom que fizemos e dar continuidade. As coisas ruins que fizemos vamos procurar acertar e corrigir. Ano que vem temos de estar mais preparados e prontos para conseguirmos os nossos objetivos, que é chegar em final, ganhar títulos e continuar atuando na equipe titular - completa.

Depois de lutar contra o rebaixamento para a Série B, Victor torce por dias melhores e muito mais felizes no Palmeiras.

- Tenho vontade de ganhar, ser campeão pelo Palmeiras. 2014 foi um ano de muita pressão, pela situação que tivemos. Não quero passar por isso nunca mais! Que seja tudo melhor - diz.

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