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Valdivia questiona discursos no clube e dispara: "Todo ano é a mesma coisa"

Chileno questiona planejamento do clube e se diz envergonhado com a má fase

PALMEIRAS - Valdivia pode ser apontado como a principal esperança de dias melhores (ou menos piores) para o Palmeiras na reta final do Campeonato Brasileiro. Capitão da equipe desde que Dorival Júnior assumiu o comando, em setembro, o chileno tem adotado uma postura de liderança dentro e fora de campo. Sem medo de adotar um discurso forte e de impacto, o Mago disparou contra a vida política do Verdão e o planejamento do clube em entrevista coletiva nesta terça-feira, na Academia de Futebol.

Envergonhado e preocupado com o momento vivido pelo Palmeiras na temporada, Valdivia disse que a luta contra o rebaixamento não pode ser tornar uma realidade constante da equipe, que já encarou dois rebaixamentos em sua história, em 2002 e 2012, e está ameaçado novamente. O Mago pede dedicação total da equipe na reta final do Brasileirão, mas reitera que tal campanha não merece ser enaltecida.

- Título é muito importante, é o que mais interessa na carreira, o que o torcedor mais gosta. É por isso que acordamos para trabalhar, para sermos os melhores e vencedores. Pelo momento que estamos passando, deixar (o clube) na Série A não é um título, mas será um fato muito importante para ser lembrado. As pessoas pedem isso. Antigamente era: se ganha título, vira ídolo; agora é: se deixa na Série A vira ídolo. Sou contrário. Pela situação do time, temos de nos doar ao máximo, não só eu como o grupo será lembrado - citou.

O Palmeiras vai para as duas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro precisando apenas das próprias forças para se garantir na Série A. Com 39 pontos, o Verdão ocupa a 16ª colocação e tem um ponto de vantagem para o Vitória, hoje na 17ª posição e primeiro integrante da zona de rebaixamento. Depois do confronto contra o Internacional, em Porto Alegre, o time do técnico Dorival Júnior terá pela frente o Atlético-PR, em seu novo estádio.

Para o camisa 10, o principal problema encontrado pelo Palmeiras no ano do seu centenário foi a montagem do elenco. Ele cita os mineiros Cruzeiro e Atlético como exemplos a serem seguidos no futebol brasileiro. Mago criticou também os candidatos à presidência, que no próximo sábado disputarão pleito na sede social alviverde.

- Pelo o que Paulo (Nobre) e (Wlademir) Pescarmona estão falando, querem formar time forte. Mas todo ano é a mesma coisa. O papo é o mesmo, equipe forte, que dispute título, com jogadores... Não é questão de trazer Messi e Cristiano Ronaldo, mas tem de ter elenco para um jogador só não levar a responsabilidade. Concordo com tudo o que estão falando de time grande, de fazer contratações do tipo que estão falando. Mas, às vezes, não garante título. Cruzeiro contratou muito pouco e foi campeão de novo. Atlético perdeu grandes jogadores, mas tem elenco grande e de qualidade - afirmou o atleta.

- Quando resultado não vem, perde confiança, capacidade de acreditar em você mesmo. Isso acontece, já passei por isso em 2012. Às vezes, jogava e não me sentia bem, perdia confiança em mim mesmo. Continuo acreditando que nosso time é bom. Não é o pior do Brasileirão, tenho certeza - completou.

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