São Paulo entra em queda livre e não atinge objetivo traçado por Muricy

SÃO PAULO - Um time cheio de estrelas, mas que não consegue engrenar. Antes da parada do Campeonato Brasileiro para a disputa da Copa do Mundo, o técnico Muricy Ramalho era o otimismo em pessoa. Com o São Paulo no G-4, a três pontos do líder Cruzeiro, o treinador fazia previsões otimistas e acreditava que a pausa de 45 dias seria suficiente para corrigir o que ainda estava errado e transformar a equipe em candidata ao título.

- Não tenho dúvidas de que voltaremos mais fortes após a parada do campeonato - afirmou o treinador, na ocasião.

O tempo passou, a Copa acabou, e o time, ao invés de engrenar, entrou em queda livre. O reinício até foi promissor: vitória por 2 a 0 sobre o Bahia, em Salvador, com boas atuações de Ganso, Souza, Ademilson... Mas o time parou por aí. Em seguida, foram duas derrotas. Em casa, a queda foi diante da Chapecoense, um dos caçulas do campeonato e que, até então, não havia vencido como visitante na competição.

No último domingo, o tropeço foi diante do Goiás, equipe que havia conquistado apenas três dos últimos 12 pontos e que não marcava gols havia quatro partidas. A defesa é a sexta pior do campeonato, com 19 gols sofridos em 12 partidas.

A situação, por outro lado, é muito melhor do que a enfrentada há um ano, quando o time lutava contra o rebaixamento. A diferença é que, para esta temporada, o clube investiu no elenco. A folha salarial é de R$ 10 milhões. Atualmente, o São Paulo ocupa a oitava colocação na tabela, a nove pontos do líder Cruzeiro e a três do Internacional, clube que fecha a zona da Taça Libertadores da América. Com indefinições na defesa, no meio-campo e no ataque, não é possível hoje dizer qual é o time titular.