Por treinos fechados, Seleção faz acordo com vizinhança dos campos em Sochi

Foto: Tossiro Neto/GloboEsporte

RÚSSIA - Nenhum treino da seleção brasileira em Sochi será estritamente reservado. Apesar de a comissão técnica programar atividades fechadas à imprensa na Rússia, elas poderão ser acompanhadas de camarote pelos hóspedes de um hotel vizinho, mais modesto do que o resort onde a delegação está hospedada, também a poucos metros dali.

Não se trata de hóspedes comuns, porém. Ainda que o hotel esteja entre os indicados pela Fifa para a Copa do Mundo, o prédio de quartos com janela para o campo de treino será utilizado durante o período por atletas bancados pelo Comitê Olímpico Russo, segundo a CBF.

A entidade, inclusive, entrou em contato e recebeu garantias de que só moradores de uma lista enviada pelo comitê terão acesso ao local.

No acordo, também foi estabelecido que nenhum trabalho seja filmado. Tite costuma confirmar suas escalações com antecedência - após a vitória de domingo sobre a Áustria, no último amistoso de preparação, ele prometeu revelar o time da estreia -, mas tem procurado cada vez mais treinar seus jogadores sem câmeras e jornalistas por perto.

O técnico se preocupa principalmente em não oferecer aos adversários informações a respeito de suas jogadas ensaiadas. Também não é muito fã da exposição exagerada ou do tratamento que pode ser dado pela imprensa a eventuais disputas mais ríspidas de bola.

Em Sochi, além do campo mais reservado, nos quais deverão ocorrer os principais treinos táticos durante o torneio, a equipe brasileira também terá à disposição o gramado de um pequeno (mas bem cuidado) estádio vizinho. As duas instalações pertencem ao governo.

Depois de um primeiro dia de descanso na chegada à cidade, a primeira atividade em território russo será nesta terça-feira e aberta ao público. Na sexta, a delegação viaja a Rostov, palco do primeiro jogo na Copa, contra a Suíça, marcado para o dia 17.