Esportes
3798O sonho de Gilberto Silva
Comentario feito ontem pelo jogador ajuda a entender o papel cumprido pelo volante
ÁFRICA DO SUL - “Quando você observa o perfil e a qualidade dos jogadores da seleção, percebe que eu seria inútil se fosse ao ataque.” O comentário feito ontem pelo volante Gilberto Silva pode parecer autodepreciativo. Mas, na verdade, ele ajuda a entender o papel cumprido pelo volante, de 33 anos, na equipe de Dunga.
Se a função de Kaká e Robinho é desmontar a defesa adversária, a do camisa 8 é zelar para que tudo saia dentro do planejado.
A tarefa se assemelha à que Mauro Silva exerceu na Copa de 1994, nos Estados Unidos: o volante fazia o trabalho “sujo” para os atacantes Bebeto e Romário se sentirem livres, leves e soltos na frente.
Gilberto não erra tantos passes quanto errava Mauro, mas tem a mesma dificuldade do antecessor para acertar o alvo na finalização. Líder em número de partidas da atual seleção, ao lado do capitão Lúcio, ele marcou apenas três vezes em 93 jogos disputados pela equipe nacional.
Pior: pelo Brasil, o mineiro de Lagoa da Prata não balança as redes desde um amistoso contra a Islândia, no dia 7 de março de 2002, quando fez um gol de fora da grande área. De lá para cá, o volante passou em branco em todos os 89 duelos que disputou pela seleção, dos quais 11 em Copas.
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