Mudança no meio de campo funciona, e Palmeiras ganha nova opção tática

PALMEIRAS - As lesões de Gabriel e Arouca forçaram o técnico Marcelo Oliveira a buscar uma saída para corrigir o posicionamento do meio-campo do Palmeiras e evitar um “buraco” na marcação. Contra o Cruzeiro, na última quarta, Amaral foi escalado como único volante de contenção, com Zé Roberto e Robinho abertos pelos lados no setor. Deu certo: o Verdão aumentou a posse de bola e resolveu o jogo, vencido por 3 a 2, ainda no primeiro tempo.

O comandante já havia testado Amaral e Andrei Girotto jogando lado a lado, Robinho ou Zé Roberto recuados, até mesmo Cleiton Xavier... A ideia de utilizar somente um volante melhorou o poder de marcação alviverde e se firmou como alternativa para a sequência da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.

– Com a saída do Arouca e do Gabriel, nós ficamos com volantes que marcam mais e jogam menos. Ou que jogam mais e não marcam tanto. Tentamos deixar o Amaral marcando mais, com o Zé e Robinho ajudando. É possível fazer isso desde que todo mundo ajude na hora de marcar – explicou Marcelo Oliveira.

A vitória por 1 a 0 sobre o ASA, no dia 15 de julho, havia sido a última vez do Palmeiras com maior posse de bola do que o adversário. Diante do Cruzeiro, mais de um mês depois, o Verdão finalmente voltou a dominar este quesito: terminou a partida com 52% de posse. Para o capitão Zé Roberto, a variação tática foi fundamental.

– A forma e a postura que entramos foi diferente dos jogos anteriores. Conseguimos fazer uma marcação forte, o primeiro gol saiu de uma marcação e depois um contra-ataque – argumentou.

Com a chegada de Thiago Santos, 25º reforço do clube para esta temporada, que será apresentado nesta sexta-feira, Marcelo Oliveira ganha mais uma opção de primeiro volante no elenco. Atualmente, o único de origem para a posição é Amaral.