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Eduardo minimiza pressão de torcida organizada do Palmeiras

Principal torcida organizada entoa cantos de cobrança para o novo treinador no primeiro tempo. Melhora do time, gols e vitória amenizam pressão

Eduardo Baptista comanda o Palmeiras diante de torcida dividida na arena (Foto: Marcos Ribolli) Eduardo Baptista comanda o Palmeiras diante de torcida dividida na arena (Foto: Marcos Ribolli)

PALMEIRAS - A impaciência da principal torcida organizada do Palmeiras com o rendimento do time diante do São Bernardo, na noite desta quinta-feira, foi traduzida ainda no final do primeiro tempo com gritos de cobrança para o técnico Eduardo Baptista, que ao final do jogo demonstrou não ter se abatido.

– Ô, Eduardo, preste atenção! Nossa torcida quer gritar "é campeão"! – gritaram, nas cadeiras do setor Gol Norte da arena palmeirense, já nos acréscimos, com o placar ainda em branco.

Pouco depois, a exemplo do que já havia ocorrido timidamente no último domingo, na derrota para o Ituano, em Itu, o novo treinador ouviu o nome de seu antecessor, Cuca, campeão brasileiro na temporada passada.

– Olê, olê, olá! Cuca! Cuca! – enfatizou a organizada, que recebeu de volta muitas vaias de torcedores comuns.

No retorno do intervalo, o Palmeiras cresceu de produção, sobretudo após as entradas de Raphael Veiga e Michel Bastos, e fez dois gols. Dudu abriu o placar aos 19 minutos e sofreu o pênalti convertido por Jean aos 32. Ao final da partida, Eduardo minimizou a atitude, que, segundo ele, lhe dá ainda mais motivação.

– Não é implicância, não. É função minha fazer a equipe jogar. A cobrança da torcida é para ver o time campeão de 2016 jogando. Sei da responsabilidade, da pressão, do peso de tudo isso. Não me incomoda, só me motiva. Não pode atrapalhar nem a mim nem aos jogadores. Se estou aqui, é porque fui escolhido pelo campeão brasileiro, assim como os jogadores – disse, com firmeza.

– Se não me engano, vieram 25 mil pessoas, numa quinta-feira. Se eles não vêem um bom futebol, têm que reclamar mesmo, jogar o time para cima. E a gente lida muito bem com isso. Mas a gente não pode querer resolver com a torcida, tem que resolver no campo. Fizemos dois gols, um segundo tempo muito bom, e a torcida veio junto. Essa mudança tem que ser no dia a dia.

Sobre a postura do elenco, Eduardo também se mostrou tranquilo. Questionado em relação às declarações de Dudu, que admitiu preferir o esquema utilizado por Cuca no ano passado, não criou polêmica.

– Escutei a coletiva dele, muito boa. Pegaram uma frase. Preferência, todos têm. Sou católico, uns evangélicos. O importante é todos remarem para o mesmo lado. Meu trabalho é fazer o Palmeiras vencer, o do Dudu também. Vi como uma preferência dele, nada mais do que isso – opinou.

Com duas vitórias e uma derrota em três rodadas, o Palmeiras agora tem dois compromissos fora de casa. No domingo, enfrenta o Linense em Araraquara. Na quarta-feira que vem, faz o primeiro clássico da temporada, contra o Corinthians, em Itaquera.

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