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Depois de novo tropeço, Ceni dá razão à torcida pelas críticas

Treinador diz compreender críticas dos torcedores após empate em 1 a 1 com o Fluminense e diz que também sai do Morumbi frustrado

Rogério Ceni conversa com o auxiliar Michael Beale durante São Paulo x Fluminense (Foto: Marcelo Hazan) Rogério Ceni conversa com o auxiliar Michael Beale durante São Paulo x Fluminense (Foto: Marcelo Hazan)

SÃO PAULO - O técnico Rogério Ceni se mostrou solidário aos torcedores do São Paulo depois do empate em 1 a 1 com o Fluminense, neste domingo, no Morumbi. Irritada, a torcida vaiou o time durante a partida. Depois do jogo, parte dela protestou na porta do estádio e chamou os jogadores de "pipoqueiros", devido à sequência de maus resultados do Tricolor – a equipe não vence há cinco jogos no Campeonato Brasileiro e terminará a 10ª rodada na 16ª posição, a primeira fora da zona de rebaixamento.

– Como torcedor, também estou me xingando por dentro, também sinto isso. Mas vou trabalhar todos os dias e não vou me entregar – disse o ex-goleiro, que começa a sentir a pressão pelo desempenho ruim do São Paulo na temporada: além da situação delicada no Brasileirão, o time foi eliminado de três competições: Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Sul-Americana.

No Morumbi, foi o segundo tropeço consecutivo. Além do empate com o Fluminense, o time de Ceni havia perdido para o Atlético-MG (2 a 1) no encontro anterior com seus fãs. Coincidentemente, foi em seu estádio que o Tricolor conquistou seu último resultado positivo - 2 a 0 sobre o Vitória, no dia 8 de junho.

– Torcedor paga ingresso para ver o time vencer. Futebol é muito impulsivo, imediatista. Sai frustrado do estádio. Talvez, amanhã, não pense isso. Mas é o principal patrimônio e temos de trazê-lo para o nosso lado. É natural que saia frustrado, são dois jogos sem vencer aqui – falou o treinador.

Questionado se vivia um de seus piores momentos em toda a trajetória pelo São Paulo, foi enfático na negativa. Em seguida, até se desculpou caso se alongasse demais na resposta, mas contou um relato de sua história pelo clube do Morumbi desde o início da carreira como jogador para justificar que já havia passado por perrengues bem piores.

– Eu tinha o sonho de jogar pelo São Paulo quando era jovem e realizei esse sonho em 1990. Tinha o sonho de ser campeão pelo São Paulo como atleta e fui. Várias vezes. Passei dificuldades morando embaixo das arquibancadas, coisas muito difíceis, e cresci como homem. Tinha o sonho de virar treinador do São Paulo e atingi. Assinei contrato de dois anos e sabia que teria dificuldades neste primeiro ano – disse Ceni.

Em seguida, ele comentou a respeito do planejamento que havia traçado quando decidiu aceitar o desafio de ser treinador do clube. Deixou transparecer que 2017 seria um ano para plantar. A colheita, de fato, ficaria para o ano que vem.

– Em janeiro, me explicaram as dificuldades financeiras e vem sendo um grande desafio. Vim apra fazer um primeiro ano com muita dificuldade, mas para melhorar a condição financeira, promovendo garotos. Tinha como objetivo o título paulista, que não veio, e, nos pontos corridos, esperava posição melhor. Mas tenho ainda muita confiança de que faremos um São Paulo com uma temporada próxima muito melhor. Espero estar aqui no ano que vem. Claro que a decisão não passa por mim, mas acredito muito que faremos um ano de 2018 como programei, sem deixar de lutar agora, porque 2018 depende de 2017.

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