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Da pressão à redenção: Eduardo Baptista supera crise e se fortalece no Palmeiras

Após sofrer com questionamentos ao seu trabalho, técnico do Verdão recupera fôlego com vitória épica de virada sobre o Peñarol, fora de casa

Eduardo Baptista tem contrato com o Palmeiras até o final desta temporada (Foto: César Greco / Ag. Palmeiras / Divulgação) Eduardo Baptista tem contrato com o Palmeiras até o final desta temporada (Foto: César Greco / Ag. Palmeiras / Divulgação)

PALMEIRAS - Eduardo Baptista superou de forma épica sua primeira prova de fogo no comando do Palmeiras. A pressão que caiu sobre os seus ombros depois da eliminação para a Ponte Preta nas semifinais do Paulistão ganhou ainda mais força depois do primeiro tempo contra o Peñarol, na quarta-feira, pela Taça Libertadores da América. A derrota parcial de 2 a 0 e mais uma atuação pífia acendeu o sinal de alerta do treinador. Mas a virada de 3 a 2 conquistada no segundo tempo contra os uruguaios e o abraço dado pela torcida após a briga generalizada em Montevidéu deram sobrevida ao técnico.

A um empate da classificação às oitavas de final do torneio continental, Eduardo Baptista conseguiu tirar da Batalha de Montevidéu o combustível que precisava para superar os obstáculos que foram colocados diante dele no Verdão. Após a partida, marcada pela confusão entre os atletas da equipe brasileira com os do time uruguaio, ele falou grosso. Bateu na mesa da sala de entrevista coletiva do Campeón del Siglo e se posicionou fortemente contra os comentários sobre o seu comando.

– Sou um cara sério. Vocês conhecem minha família. Tento respeitar e passar o máximo de informação. Falar que sou maleável é ofender o homem. Sou homem pra c... Sou um cara muito sério. Batalhei para estar aqui. Exijo respeito – esbravejou o técnico do Palmeiras.

Logo após a eliminação para a Ponte Preta, no Campeonato Paulista, o presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte bancou a permanência de Eduardo Baptista pelo menos até o final do ano, quando vence o seu contrato com o clube. Mas é fato que internamente, por pressão política, o atual técnico convive com a sombra de outros treinador e a desconfiança de algumas pessoas.

Nos bastidores do Palmeiras, havia uma cobrança grande por parte de conselheiros e até torcedores pela saída da atual comissão técnica. Na visão dos críticos, Eduardo não teria perfil para liderar um grupo de estrelas como o do Verdão. Róger Guedes, por exemplo, teria discutido por perder a posição no time e saído da concentração, fato que é desmentido pela diretoria alviverde.

O questionamento sobre autoridade não é novidade. Contratado em janeiro, ele viu as sombras de Cuca e de Vanderlei Luxemburgo aumentarem depois da derrota no Dérbi para o Corinthians, no Paulistão. A inesperada eliminação diante da Ponte serviu para que a pressão voltasse a ganhar fôlego.

Internamente, a diretoria de futebol promove uma blindagem ao técnico. Até jogadores experientes do elenco palmeirense resolveram se fechar e correr por Eduardo Baptista. Contra o Peñarol, Felipe Melo foi comemorar um dos gols abraçados ao treinador, que também fez questão de cumprimentar Róger Guedes após a substituição.

Os palmeirenses voltam a campo na próxima quarta-feira, quando enfrentam o Jorge Wilstermann, na Bolívia, pela quinta rodada do Grupo 5 da Libertadores. Se conquistar pelo menos um ponto, a vaga nas oitavas de final será conquistada com uma rodada de antecedência. Mais um motivo para Eduardo Baptista respirar tranquilo...

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