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Com reforços polivalentes, Dorival busca criar variações táticas no Santos

Estudioso, técnico do Peixe analisa alternativas na forma de jogar. Uma das preocupações da comissão técnica é que os adversários não se surpreendem

Dorival Júnior busca criar mais variações táticas no Santos (Foto: Ivan Storti/Divulgação Santos FC) Dorival Júnior busca criar mais variações táticas no Santos (Foto: Ivan Storti/Divulgação Santos FC)

SANTOS - As tabelas de Lucas Lima e Victor Ferraz. O pique falso de Ricardo Oliveira para sair na cara do gol. Renato como um terceiro zagueiro para qualificar a saída de bola. Os laterais invertendo com os pontas para confundir a defesa adversária...

Essas e outras variações do esquema tático do Santos deram certo em 2016. E agora é momento de Dorival Júnior criar outras. Com base mantida, entrosamento e reforços polivalentes, o técnico coça a cabeça para aplicar novidades na equipe.

Uma das ideias estudadas pelo treinador é a linha defensiva com cinco jogadores, tendência no futebol europeu. Dorival é fã do esquema e acha que no 5-4-1 ou 5-3-2 o Peixe pode ganhar solidez defensiva, sem perder a força ofensiva.

– Não vamos mudar completamente. Temos que criar possibilidades, melhorando o poderio ofensivo e defensivo. Trouxemos jogadores com característica de mobilidade e boa troca de passes, assim como os que aqui estavam. Criar novas condições se faz necessário. Pode ser dentro de uma partida, ou algo mais definitivo, depende da assimilação e desenvolvimento do que vai ser treinado. Se não avançar, podemos voltar ao que fazíamos e estava dando certo – explica Dorival Júnior.

Uma das motivações da comissão técnica para trabalhar mudanças táticas é a forma com que o elenco se reapresentou. Depois do vice-campeonato brasileiro em 2016, os santistas estão mais confiantes.

 – A equipe vem amadurecendo, crescendo, sentimos isso. O retorno do grupo foi com mais confiança do que há um ano. Quando nos reapresentamos, em janeiro de 2015. Tendência é o crescimento natural, com boas perspectivas. Confio e acredito muito que o Santos esteja muito próximo de alcançar resultados importantes. Que isso venha a acontecer – completou.

A possibilidade de novidades na forma de jogo também surge para evitar que o Alvinegro não fique manjado pelos adversários e eles saibam como anular o time.

– Os rivais assistem a vídeos. No final da temporada tivemos dificuldades, algumas jogadas marcadas por eles. Ele pode entrar com outra forma, principalmente na saída de bola. Mas não vai ser algo radical. Temos filosofia de jogo e vamos procurar mantê-la, fazermos nosso melhor. Esse ano a dificuldade é muito maior que o ano passado. Tivemos uma ascensão, 2016 se esperava muito e ainda não conseguimos emplacar uma regularidade maior para brigar pelo título no fim. A cobrança vai ser maior, tem a Libertadores no meio. A equipe precisa estar preparada, sabendo da responsabilidade – analisa o experiente volante Renato.

Das cinco contratações do Santos para 2017, só o zagueiro Cleber não joga em mais de uma função. Matheus Ribeiro atua nas duas laterais e no meio-campo. Leandro Donizete pode ser líbero, primeiro ou segundo volante. Hernández é ponta de origem, mas já foi meia durante a carreira. Por fim, Kayke, centroavante, também foi utilizado pelos lados do campo.

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