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Análise: Jair encerra período de testes no Santos com dois "presentes" antes das decisões

Técnico, enfim, tem um lateral-esquerdo à altura do Peixe (Dodô) e um diamante bruto a ser lapidado (Diogo Vitor)

SANTOS - Acabou neste domingo a pré-temporada do Santos. Já classificado para as quartas de final do Paulistão (pegará o Botafogo de Ribeirão Preto), Jair Ventura escalou um time completamente reserva e viu o Peixe ser derrotado pelo São Bento por 3 a 1 na Vila Belmiro. Ele mesmo se referiu a essa experiência como "teste". Já havia feito outros antes. Agora não pode mais. Agora é só jogo grande, jogo decisivo. A começar pelo de quinta-feira, contra o Nacional, no Pacaembu, pela Libertadores.

O último teste comprovou que, nesta última semana, Jair ganhou dois "presentes":

Dodô, recém-chegado da Sampdoria, é, enfim, um lateral-esquerdo à altura do Santos; só a falta de entrosamento com os titulares poderá servir como argumento para não escalá-lo desde o início na quinta;

Diogo Vitor é o novo "diamante bruto a ser lapidado". Seu talento é óbvio. Mas ainda chama a atenção pela quantidade de decisões ruins que faz durante o jogo, principalmente no um contra um. Tem tudo para crescer com Jair, mas isso ainda vai demorar um pouquinho. Contra o São Bento, começou aberto pela direita, abusou do preciosismo em alguns lances, melhorou depois do intervalo e virou meia no fim. Foi ele quem perdeu a bola no terceiro gol do time de Sorocaba. Mas é abusado e pode ser muito útil na Libertadores.

De resto, os jogadores que enfrentaram o São Bento decepcionaram – inclusive Vitor Bueno. Depois de sete meses parado por conta de uma cirurgia no joelho, o meia-atacante teve neste domingo sua primeira chance como titular. Mostrou que ainda lhe falta ritmo de jogo. E ok, não há motivo para apressá-lo neste retorno. Um trauma dessa gravidade (ruptura do ligamento cruzado anterior) afeta não só o local lesionado, mas também a confiança do jogador. Vitor Bueno tem crédito.

Aqueles que vinham sendo titulares treinaram na manhã de domingo: Vanderlei, Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Alison, Léo Cittadini e Vecchio; Eduardo Sasha, Gabigol e Rodrygo. Isso não significa que serão os titulares contra o Nacional na quinta-feira. O que falta definir:

Daniel Guedes será mantido, mesmo com a recuperação de Victor Ferraz?

Jean Mota permanecerá como lateral? Dodô vem pedindo passagem...

Se Dodô entrar no time, Jean Mota briga por vaga no meio? Léo Cittadini e Vecchio ainda não empolgam a torcida;

O que já dá pra cravar:

Renato virou reserva. Até teve alguns bons momentos contra o São Bento. Mas longe de ser AQUELE jogador que já foi;

Copete foi reserva no time reserva; se Sasha e Bruno Henrique (quando recuperado) são os titulares do ataque (com Gabigol), Rodrygo, Arthur Gomes e agora Diogo Vitor vêm à frente do colombiano;

O Santos precisa de um centroavante "cascudo" para grandes jogos, como o próprio Jair já definiu; Yuri Alberto tem futuro, mas, com apenas 16 anos, não é esse cara para entrar no decorrer de um jogo contra o Nacional ou o Estudiantes, por exemplo.

O que vem por aí

Depois de perder na estreia da Libertadores para o Real Garcilaso no Peru, o Santos precisa vencer não só o Nacional na quinta-feira, mas seus três jogos como mandante nesta fase de grupos. Qualquer tropeço pode ser fatal, ainda mais numa chave que lhe reserva duas partidas tensas como visitante (contra o próprio Nacional em Montevidéu e o Estudiantes em La Plata).

No Paulistão, o adversário das quartas de final será o Botafogo, com o primeiro jogo em Ribeirão Preto e o segundo com mando do Santos. A Federação Paulista divulgará nesta terça as datas, horários e locais das partidas.

 

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