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Eleições 2016: entrevista com Wellington Pneu, candidato a prefeito em Parapuã

Ele é o nome do DEM à Prefeitura

PARAPUÃ - Às vésperas das eleições do próximo domingo, 2 de outubro, o portal Ocnet abre seu espaço democrático para apresentação dos planos de trabalho dos candidatos a prefeito das cidades que formam a Comarca: Parapuã, Sagres, Salmourão e Osvaldo Cruz.

Por isso, até a sexta-feira, 30, serão publicadas entrevistas com os prefeitáveis das quatro cidades.

As entrevistas foram veiculadas, anteriormente, no Jornal Cidade Aberta e agora serão, integralmente, publicadas no Portal Ocnet.

A ordem de veiculação será a mesma adotada pelo jornal: Sagres, Salmourão, Parapuã e Osvaldo Cruz. Vale lembrar, ainda, que essa foi a ordem adotada, também, para os debates promovidos entre a Rádio Clube e o Jornal Cidade Aberta.

As entrevistas de hoje, 29, são com os candidatos a prefeito em Parapuã.

Com uma população estimada em 11.085 pessoas (segundo estimativa populacional 2016 do IBGE) e 8.736 eleitores aptos a votar, Parapuã é a segunda maior cidade da Comarca e a mais disputada nestas Eleições, com quatro candidatos a prefeito.

Wellington Pneu

Vereador por dois mandatos, entre 2009 e 2012 e entre 2013 e 2016, inclusive assumindo a presidência da Câmara Municipal parapuense por um biênio, o empresário Wellington César Gonçalves Aguiar, o Wellington Pneu (DEM), de 38 anos, é líder da oposição e dono das críticas mais duras à atual administração municipal. O democrata é candidato a prefeito ao lado de Marco Antônio Marques, o Marquinhos (PSDB), escolhido para vice.

Jornal Cidade Aberta - Quais razões o levaram a se lançar candidato a prefeito de Parapuã?

Wellington César Gonçalves de Aguiar - Um dos motivos que me levaram a ser candidato a prefeito de Parapuã foi uma administração que tem aproximadamente cinco anos e deixou a cidade praticamente toda interditada. Estádio interditado, clube da piscina [Parapuã Piscina Clube] interditado, Matadouro fechado, Usina de Lixo fechada, avenida São Paulo intransitável, vicinal José Morales Agudo sem condição de tráfego, vicinal do córrego Seco num total abandono, a cidade toda suja. Isso nos leva a peitar a cabeça de chapa e ser o candidato a prefeito da oposição hoje.

JCA - Quem é o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo senhor? Por que ele foi escolhido?

Wellington Pneu - Meu candidato a vice é Marco Antônio Marques, o Marquinhos, do PSDB. Vereador por cinco mandatos, tem bastante conhecimento, é o atual presidente da Câmara e é o que as pesquisas mostraram que a população queria: era ele o nome para vice. Hoje nós temos o melhor vice [entre os candidatos].

JCA - Há pouco tempo houve um embate entre o senhor e o prefeito Samir Pernomian (PP) acerca do abandono do Parapuã Piscina Clube (PPC). Na ocasião, o senhor cobrou dele explicações sobre as condições do local e ele atribuiu a responsabilidade à sua administração enquanto presidente do Clube à época da desativação do local. Qual a atual situação do PPC?

Wellington Pneu - Não adianta ele [Samir] passar a responsabilidade para o meu lado porque no último ano da minha presidência do Clube da Piscina, em 2008, eu me afastei porque era candidato a vereador (pela primeira vez) e não fiz mais parte de lá [PPC]. Eu entreguei o clube funcionando o salão e as piscinas. Quando ele assumiu [a Prefeitura], a primeira coisa que ele fez foi deixar interditar o clube. A reforma de R$ 200 mil que está lá foi o deputado Roquinho [Roque Barbiere, do PTB] que conseguiu o recurso a meu pedido. Eu tenho o compromisso firmado com a população de reabrir o Clube da Piscina. E já temos o recurso para isso.

JCA - Parapuã tem hoje a maior folha de pagamento em relação ao orçamento do município em toda a Comarca. O que fazer para administrar a cidade nessa situação sem comprometer os demais investimentos?

Wellington Pneu - Hoje nós temos realmente uma folha de pagamentos muito alta. Sabemos que vários funcionários devem se aposentar [em breve] e o índice deve cair. A Prefeitura, na verdade, não pode mandar embora funcionários de carreira e não vamos prejudicar funcionário nenhum. A nossa intenção é enxugar a folha ao não fazer “cabides de emprego” como foi feito nessa gestão [atual]. Nós temos a Lei de Responsabilidade Fiscal, temos o Tribunal de Contas [do Estado, o TCE-SP] que fiscaliza e orienta, então, não podemos trabalhar com um índice alto. Se [a folha de pagamento] permanecer em 56% [do orçamento municipal], como vem acontecendo, corre-se o risco de, no futuro, o próprio Tribunal de Contas pedir para exonerar funcionários. E isso é culpa de um a gestão que administrou mal a Prefeitura. Ele [prefeito Samir Alberto Pernomian, do PP] pegou a Prefeitura com 45% de índice e hoje estamos com 55%. Isso é absurdo.

JCA - Como a sua administração pretende manter a Santa Casa de Parapuã, já que o município é o único que investe recursos naquele hospital?

Wellington Pneu - Nós temos um contato em Brasília [DF], temos algumas pessoas já vendo isso para a gente e vamos brigar pela filantropia da Santa Casa. Nós vamos conseguir renegociar a dívida [do hospital], coisa que eu acho que já deveria ter sido feita há muito tempo. A dívida é alta, mas a importância da Santa Casa para Parapuã é ainda maior.

JCA - Parapuã tem hoje um dos maiores limites territoriais da região. Quais as suas propostas para a manutenção das estradas rurais e de apoio aos pequenos produtores rurais?

Wellington Pneu - Hoje contamos com poucos maquinários em nosso município. Inclusive, temos máquinas que há mais de um ano estão em cima de um cavalete. Precisamos de maquinários e, para isso, vamos recorrer ao Governo para conseguir manter as nossas estradas e firmar parcerias com as usinas, que geram emprego em nosso município. Temos projetos para os pequenos produtores como os de manutenção de estradas [rurais], [implantação de] curva de nível, caixas secas, limpeza de tubulações que hoje também se encontram em total abandono. Outro projeto é a doação de mudas, inclusive de seringueiras, café, eucalipto, lembrando também que queremos doar mudar para a mata ciliar. Isso é importante. A lei vai obrigar que o proprietário tenha uma reserva em sua propriedade mesmo que ela seja pequena e faremos a doação dessas mudas e vamos colocar um [engenheiro] agrônomo à disposição para orientar como fazer o plantio e vamos dar condições para que eles [proprietários rurais] possam cuidar dessas plantas.

JCA - De forma sucinta, quais as suas principais propostas para administrar a cidade pelos próximos quatro anos?

Wellington Pneu - Eu sei que temos um problema muito grande em Parapuã, que é o elevado índice da folha de pagamento [da Prefeitura]. O município tem hoje uma dívida muito grande e eu acredito que a atual administração vai deixar a Prefeitura com mais de R$ 1,5 milhão em dívidas. Isso é fato. O problema é grande, mas a nossa vontade é muito maior. Nós temos muito apoio no Governo do Estado e no Governo Federal. O meu vice é do PSDB, o mesmo partido do governador e nós temos contato com deputados na Assembleia [Legislativa] que vão nos ajudar. Nós temos, em São Paulo, as portas abertas para correr atrás de recursos para a melhoria da condição da população parapuense. Na Câmara Federal, [o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia] é democrata, do meu partido, e temos contatos por lá para conseguirmos recursos para o município.

JCA - Por que o senhor acredita ser a melhor opção para Parapuã nestas Eleições?

Wellington Pneu - Acredito ser a melhor opção porque fui vereador por oito anos, tendo sido o mais votado da história do município na Eleição passada [2012]. Nós estamos preparados. Conhecemos os problemas do município e da população. Para ser prefeito de Parapuã é preciso alguém que goste de gente, que conheça os problemas da população, que conheça o município. Não precisamos de um prefeito que conheça apenas a avenida São Paulo porque não é só ela que precisa da Prefeitura. É preciso administrar para 11 mil habitantes. É preciso conhecer a cidade, é preciso conhecer a zona rural. Eu e o Marquinhos estamos preparados para administrar Parapuã pelos próximos quatro anos.

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