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Candidatos eleitos obtêm gasto médio de R$ 10,85 por voto durante a campanha na microrregião

Dados de prestação de contas dos candidatos disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

O empresário Gilmar Martins, de Parapuã, foi o prefeito eleito que apresentou o menor gasto O empresário Gilmar Martins, de Parapuã, foi o prefeito eleito que apresentou o menor gasto "per capita": R$ 3,14 (Foto: Alessandro Ferreira da Costa/Jornal Cidade Aberta/Cedida)

OSVALDO CRUZ - Os candidatos a prefeito eleitos na microrregião de circulação do Jornal Cidade Aberta (JCA), que abrange os municípios de Osvaldo Cruz, Parapuã, Rinópolis, Salmourão e Sagres, tiveram um gasto médio de R$ 10,85 por voto recebido durante a campanha eleitoral nas Eleições Municipais 2016.

O JCA fez as contas a partir dos dados de prestação de contas dos candidatos disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A conta é simples: basta dividir o valor da despesa da campanha pelo número de votos obtidos pelo candidato eleito em 2 de outubro passado.
Em Osvaldo Cruz, o limite de gastos estipulado pela Justiça Eleitoral neste pleito foi de R$ 108.039,06. Segundo os dados do TSE, o candidato reeleito Edmar Carlos Mazucato (PSDB) teve uma despesa de R$ 37.789,15. Já a candidata derrotada, Vera Lúcia Alves, a Vera Morena (PP), da Coligação Muda Osvaldo Cruz, declarou gastos de R$ 63.407,34.

Como obteve 9.345 votos, Mazucato contabilizou uma média de gastos de R$ 4,04 por voto recebido, menos da metade da média de sua adversária (R$ 8,47), que recebeu 7.480 votos.

Em receitas, Mazucato captou R$ 44.387,15 a partir de doações de pessoas físicas e diretório de partido, porém, ele mesmo aparece como o principal financiador da campanha, tendo investido 85,14% (R$ 37.789,15) da receita. Por outro lado, Vera Morena computou R$ 72.557,34, sendo o Diretório Estadual do Partido Progressista o principal doador, com R$ 30 mil (ou 41,35% da receita). Os dados estão disponíveis no site www.divulgacandcontas.tse.jus.br.

Levando em conta que o prefeito de Osvaldo Cruz tem vencimentos de R$ 15.439,74 mensais (valor fixo até 2020), Mazucato terá recuperado o valor gasto na campanha em apenas três meses.

Parapuã

Na cidade vizinha de Parapuã, o prefeito eleito Gilmar Martin Martins, o Gilmar do Poste (PR), apresentou gastos de R$ 23.532,40 na campanha eleitoral. A receita foi de R$ 44.387,15. Com 3.231 votos recebidos na urna eletrônica, Gilmar teve um gasto médio de apenas R$ 3,14 ‘per capita’.

O empresário Zulmiro Santini (PEN) foi o que menos gastou nas Eleições Municipais 2016 entre os candidatos parapuenses ao Executivo. Segundo os dados do TSE, as despesas de campanha de Santini não passaram de R$ 4.179, frente a uma receita de R$ 8.079. Porém, como o empresário foi o menos votado, obtendo o apoio de apenas 254 eleitores, o gasto médio por voto ficou em R$ 16,45.

Já o ex-prefeito Rui Lobo (PMDB) teve a candidatura indeferida às vésperas da eleição e não teve os votos contabilizados oficialmente. Mesmo assim, recebeu 894 votos na urna eletrônica porque disputou o pleito por meio de recurso. Para o TSE, Rui Lobo informou receitas de R$ 26.354,62 e despesas de R$ 25.634,62, com média de R$ 28,67 por voto conquistado.

Mas a campanha mais cara da Comarca de Osvaldo Cruz foi a do empresário e atual vereador da oposição parapuense Wellington César Gonçalves de Aguiar, o Wellington Pneu (DEM). Os gastos alcançaram a soma de R$ 59.023,02, com receita de R$ 69.530,04, lembrando que o teto de gastos estipulado pela Justiça Eleitoral era de R$ 108.039,06.

Como conquistou 2.047 votos do eleitorado parapuense, Pneu gastou o equivalente a R$ 28,83 por eleitor agregado.

Rinópolis

Em Rinópolis, o prefeito eleito José Ferreira de Oliveira Neto (PV) arrecadou na campanha R$ 28.606, tendo gastado R$ 22.650. Repartindo as despesas entre os 3.695 votos, o gasto médio por voto pode ser estimado em R$ 6,12.

Mesmo tendo desembolsado menos que seu adversário, com despesas de R$ 18.260,95 e receitas de R$ 20.460,95, a tucana Graziela de Lima Tomé Trevisan apresentou um gasto médio por voto maior (R$ 8,28) porque recebeu menos votos (2.204).

Salmourão e Sagres

Em Salmourão, Ailson José de Almeida, o Ailsinho da Farmácia (PV), que venceu as eleições, prestou contas de campanha com os seguintes números: receitas de R$ 30.413,72 e despesas de R$ 24.212,72. Considerando os 1.826 recebidos, o gasto por voto foi de R$ 13,25.

Do outro lado, Édis Gabau (PSDB) obteve receitas de R$ 20.546,45 e despesas de R$ 18.346,45. O investimento por voto recebido ficou em R$ 12,10, já que Gabau granjeou 1.515 votos.

Na vizinha Sagres, o candidato eleito Ricardo Rived Garcia (PSDB) despendeu R$ 26.176,65 dos R$ 28.656,65 de recursos captados durante a campanha. Os votos que deram a ele a vitória nas Eleições 2016 foram de 945 sagrenses, o que dá cerca de R$ 27,70 por voto.

Com uma campanha bem mais modesta, o atual prefeito e candidato derrotado Brandio Pereira Filho, o Brandinho (DEM), gastou apenas R$ 5.940 dos R$ 15.399,05 de receita, conferindo um custo médio de R$ 6,43 por cada um dos 923 votos registrados na urna.

Levando em consideração todos os eleitos na microrregião de abrangência do JCA, Edmar Mazucato (R$ 4,04), Gilmar do Poste (R$ 3,14), Neto (R$ 6,12), Ailsinho da Farmácia (R$ 13,25) e Ricardo Rived (R$ 27,70), o gasto médio durante a campanha dos candidatos vitoriosos nas Eleições 2016 foi de R$ 10,85 por voto conquistado.

Prazos

A próxima sexta-feira, 16, é o último dia para a publicação da decisão do juiz eleitoral que julgar as contas dos candidatos eleitos, segundo a Lei nº 9.504/1997, artigo 30, § 1º.

Já o sábado, 31, é a data em que os bancos serão obrigados a encerrar as contas bancárias abertas para a movimentação de recursos de campanha eleitoral, transferindo a totalidade do saldo existente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo partido, na forma do artigo 31 da Lei nº 9.504/1997, e informando o fato à Justiça Eleitoral.

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