Educação
30785Secretaria explica fim do Mais Educação em Osvaldo Cruz (atualizada)
Governo Federal cortou repasses do programa desde o final do ano passado
OSVALDO CRUZ - As aulas em período integral que acontecem em todas as escolas da rede municipal de ensino em Osvaldo Cruz sofreram um duro golpe do Governo Federal nesta semana.
Desde o começo do ano os repasses do convênio do Programa Mais Educação do Governo Federal não foram enviados.
Os professores e alunos que permanecem nas escolas no período da tarde são os maiores impactados com a medida, que tem sido registrado em várias cidades do país e chegou também a Osvaldo Cruz. Os profissionais que trabalhavam no programa já foram demitidos.
De acordo com a prefeitura, os alunos das escolas Alice Bernardes Silva, Rosa Ruth Ruggia Martins, Carmen Nápoli de Castro, Getúlio Vargas e Max Wirth estudam em período integral, mas sem a verba vão sofrer mudanças agora no segundo semestre.
O programa “Mais Educação” destinava para Osvaldo Cruz o montante de R$ 252 mil por semestre. No entanto, cada escola recebia uma parte deste total com base no seu número de alunos.
Quem fazia o gerenciamento deste dinheiro era a própria escola.
“Esse recurso vinha diretamente para a escola e o gestor da unidade é quem gerenciava esse valor, inclusive na contratação dos monitores voluntários”, destacou a secretária de educação, Maria Leny Scramin.
Os monitores voluntários, inclusive, recebiam uma ajuda de custo mensal de R$ 300 para trabalharem as oficinas.
2015 sem recurso
Até o ano passado, as escolas receberam em dia os recursos do programa. O problema é que neste ano nenhum centavo foi repassado, mas se agrava agora no segundo semestre.
“As escolas tinham algo [recurso] do ano passado que foi poupado e que deu para trabalhar no primeiro semestre. Algumas pessoas do MEC falavam para que a gente aguardasse. Nós aguardamos e a última notícia é que não tem mais o recurso e em 2015 não vem mais um centavo”, explicou Leny.
Os diretores das escolas foram chamados, então, pela secretaria para um ajuste nos trabalhos, já que o aluno segue em tempo integral.
A partir daí, as escolas e os turnos foram reorganizados, e a solução foi firmar parcerias com faculdades para dar oportunidade de estágio para alunos atuarem como monitores.
Além disso, a implantação de projetos como o jogo de damas e o Atletismo na Escola, também fazem parte desta reestruturação.
Disciplinas como educação física, inglês e até informática, antes trabalhadas no período da manhã, foram deslocadas para o vespertino.
“Com isso conseguimos arredondar as oficinas e o nosso aluno, então, está garantido até as 15 horas nas escolas da Rede Municipal”, garantiu Leny.
Situação dos monitores
Os professores que já estavam trabalhando, e possuem o processo seletivo da secretaria de Educação, deverão ser admitidos pela administração municipal.
Quem não tem o processo seletivo será cortado do programa. O número de cortes deve atingir 15 pessoas.
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