Educação
34880Não foi só em OC: Tribunal de Contas encontra alimentos vencidos em escolas da região
Cinco unidades de ensino em cidades diferentes apresentaram algum tipo de problema
OSVALDO CRUZ - O encontro de um pacote de bolacha vencido entre os alimentos da Escola Municipal "Rosa Ruth Ruggia Martins" parece ter sido o menor dos problemas no levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado em relação à merenda de várias escolas da região.
Pelo menos em mais quatro unidades visitadas houve algum tipo de problema com alimentos ou ambiente em que as refeições dos alunos são preparadas. A fiscalização ocorreu na terça-feira (31).
Segundo o TCE-SP, foram fiscalizadas sem aviso prévio a qualidade da comida, a higiene do local, a origem e a data de validade dos produtos. Além da quantidade oferecida e a situação das refeições e lanches. Os fiscais observaram também a limpeza e a segurança da cozinha, do refeitório e o estoque de produtos nas escolas.
Ao todo, foram fiscalizadas a Escola Estadual Coronel Francisco Whitacker, em Anhumas; Escola Técnica Estadual (Etec) Professora Carmelina Barbosa, em Dracena; Escola Estadual Dr. Pércio Gomes Gonzales; em Flórida Paulista; Escola Estadual José Firpo, em Lucélia; Emef Professora Elza Maria Veiga da Silva, em Marabá Paulista; Emef Professora Rosa Ruth Ruggia Martins, em Osvaldo Cruz; Emef Manuel Teixeira Júnior, em Pacaembu; Escola Estadual João Brasio, em Panorama; Emef Sylas Gedeão Coutinho, em Presidente Bernardes; Emefei Armênio Macário Ribeiro, em Presidente Epitácio; Etec professor Milton Gazetti, em Presidente Venceslau; Escola Municipal Prof. José Domiciano Nogueira, em Regente Feijó; Escola Estadual Professora Maria Audenir de Carvalho, em Rosana; e Emeif Planalto do Sul, em Teodoro Sampaio.
Além do pacote de bolacha vencido em Osvaldo Cruz, as irregularidades foram detectadas em Flórida Paulista, onde havia alimento vencido e vidro quebrado (Escola Estadual Dr. Pércio Gomes Gonzales); Lucélia, onde foi visto um gato no local em que é servida a comida (Escola Estadual José Firpo); Presidente Bernardes, onde os agentes verificaram a falta de extintor de incêndio na cozinha (Emef Sylas Gedeão Coutinho); Presidente Epitácio, onde o teto da cozinha está bastante danificado (Emefei Armênio Macário Ribeiro).
O TCE destacou também que os problemas verificados na fiscalização serão repassados para a Secretaria da Educação do Estado, com o ensino do relatório completo individual.
Justificativas
Em Osvaldo Cruz a Prefeitura anunciou que vai abrir uma sindicância par apurar porquê a bolacha venceu antes de ser ministrada aos alunos da escola Rosa Ruth.
Já o prefeito de Presidente Bernardes, José Lúcio Cauneto (PSB), disse que não foi informado sobre a situação, mas que fará a compra do extintor para a cozinha da Emef Sylas Gedeão Coutinho. “Assim que souber qual o modelo, vou pedir para providenciar amanhã [2]”, disse.
A Prefeitura de Presidente Epitácio destacou que a escola Emefei Armênio Macário Ribeiro passou por uma reforma e que só falta trocar o forro da cozinha e fazer a pintura. "Estive em reunião hoje e me passaram a situação. É coisa simples o que falta fazer. Não temos problemas de infiltração ou vazamentos no teto. É só essa troca e pintura. E isso deve ser feito o mais rápido possível", disse o prefeito Sidnei Caio da Silva Junqueira “Picucha” (PSB).
A respeito das escolas estaduais, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou que, no caso de Flórida Paulista, na Escola Estadual Dr. Pércio Gomes Gonzales, apesar de ser uma unidade estadual, o fornecimento dos alimentos é de responsabilidade da Prefeitura, que já está providenciando a troca dos produtos que não estão aptos para o consumo.
Em Lucélia, sobre o gato visto um gato no local em que é servida a comida da Escola Estadual José Firpo, o Estado informou que o animal pertence a uma casa vizinha e que a dona já foi comunicada pela direção que o bicho tem pulado o muro da unidade.
“Apesar de entrar na escola, o gato não fica nos setores onde são preparados os alimentos. A equipe da escola salientou que está atenta as questões de higiene”, pontuou. O Estado ainda relatou que a direção da unidade escolar também reforçará o contato com o Centro de Controle de Zoonoses da região.
Não serão aceitas mensagens com conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade, ou que desrespeite a privacidade alheia;