Educação

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Mãe denuncia falta de atendimentos e condições de atendimento na Apae de OC

Embarque de alunos é feito na rua e entidade está sem fonoaudiólogo

Acesso dos alunos é feito na rua, sem segurança, mesmo com entidade tendo construído local próprio Acesso dos alunos é feito na rua, sem segurança, mesmo com entidade tendo construído local próprio

OSVALDO CRUZ - A mãe de um dos alunos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Osvaldo Cruz, Branca Romanini, denunciou através da rede social Facebook falta de atendimentos, redução nos atendimentos aos alunos e mudanças em embarque e desembarque dos internos da entidade. Também afirma que houve aumento de alunos e diminuição do número de funcionários. Em algumas situações, como o caso do setor de fonoaudiologia, não há pessoa habilitada para tanto.

Segundo a mãe, "nossa APAE, ou melhor, a direção e o presidente da entidade [vereador] Nelson Silva resolveram mudar o funcionamento para período integral, onde na parte da manhã eles [os alunos] estariam dentro da sala de aula e no período da tarde participando de projetos fora da sala", denuncia. Segundo ela, "foi realizada uma reunião com os pais COMUNICANDO A DECISÃO" e  "em momento algum houve uma busca de opiniões dos pais".

A mãe afirma que "hoje a entidade está trabalhando com mais de 90 alunos, todos no período integral, mas a quantidade de profissionais é a mesmo dos anos anteriores", isso sem contar os alunos chamados "idosos", que frequentam a instituição somente na parte da tarde, onde participam de uma oficina.

Ainda de acordo com a denúncia "na sala de deficientes físicos existem seis cadeirantes".

A entidade ainda contaria com apenas duas enfermeiras, que precisam se desdobrar para dar conta de ajudar na sala dos cadeirantes, com a medicação de todos os demais alunos, além de outros contratempos.

"No dia em que que os alunos participam do projeto de equoterapia (trabalho terapêutico dos alunos com auxiílio de cavalos), "uma [enfermeira] acompanha os alunos e a outra fica na escola com duas funções e isso se repete na hora do almoço delas", afirma Branca.

Redução de funcionários

A mãe destaca que a entidade conta com apenas com dois fisioterapeutas, uma psicóloga e nenhuma terapeuta ocupacional e nenhuma fonoaudióloga. "Questionei [a direção] então como estavam  vendo o atendimento de todas as crianças, pois esses atendimentos eram semanais e agora acredito serem realizados apenas mensalmente ou quinzenalmente. A resposta que me foi dada é que nem todos precisam de atendimento. Desafio me mostrem um alunos de lá que não precise de todos esses atendimentos!".

Falta de acessibilidade

Ainda pelo que afirmou a mãe, a escola tem um portão lateral que sempre foi utilizado para a entrada dos alunos. "O ônibus entrava na entidade e os alunos desciam na porta que dá acesso ao pátio, um lugar coberto e sem perigo algum de alguma criança . Hoje a realidade é outra: os alunos entram por um portão minúsculo, que fica na frente da escola e precisam dar a volta por toda a escola, num corredor cheio de mofo e molhado porque fica pingando a água do ar condicionado. Os alunos descem na calçada onde eu mesmo presenciei uma criança correndo e a monitora tendo que correr atrás para não ir à rua. Os alunos que não conseguem se locomover, são tirados do ônibus no colo pelas professoras porque o veículo também não é adaptado. Os professores carregam os alunos por mais ou menos uns 20 metros", reclama Branca Romanini.

Quando perguntada sobre o que está sendo feito da cobertura construída para embarque e desembarque dos alunos, a mãe explica que "agora o coberto dentro da entidade serve como garagem dos dois carros da Apae, inclusive um deles (o mais novo) sem nenhuma identificação".

A reportagem do Portal Ocnet deverá procurar a direção da Apae de Osvaldo Cruz para explicações.

A mãe de aluno denunciante apresentou fotos em relação aos fatos que relatou. As mesmas estão publicadas nesta matéria.

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