Educação
50786Governo de SP anunciou volta às aulas 'à revelia das particulares': 'se estado não está pronto, privadas estão', diz sindicato
Doria anunciou retomada das aulas presenciais a partir do dia 8 de setembro; sindicato quer liberação das aulas em agosto
ESTADUAL - As escolas particulares do estado de São Paulo reagiram nesta quarta-feira (24) ao anúncio do governo do estado, que pretende retomar as aulas no mês de setembro. O sindicato afirma que está pronto para retomar o ano letivo.
"Foi à revelia, goela abaixo. Não concordamos. A escola particular hoje atende 24% dos alunos do Ensino Médio do estado de São Paulo e não temos culpa da incompetência do estado e da prefeitura se eles não conseguem se capacitar a tempo. Nós já temos certificação científica, protocolo médico, as escolas estão preparadas…. Agora, se a rede pública não consegue se capacitar, nós não temos culpa. Não concordamos e vamos protestar", disse Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (SIEE-SP).
O governo de São Paulo anunciou no início da tarde a retomada das aulas presenciais na rede pública a partir do dia 8 de setembro. O estado pretende contemplar um modelo misto, virtual e presencial, com distribuição de alunos por salas de aula em dias específicos da semana, em esquema de rodízio.
O plano vai abranger os 3,6 milhões de alunos da rede estadual e também os estudantes de escolas técnicas, universidades e ensino privado, pois pela Lei de Calamidade Pública, as escolas particulares só poderão funcionar com autorização do estado.
O sindicato pretende reunir as escolas particulares para avaliar se entram com processo.
Plano de retomada
As aulas deverão ser retomadas com 35% da capacidade de cada instituição de ensino - se a escola tem 1.000 alunos, só poderão frequentar as aulas 350 por dia, por exemplo.
Até setembro a previsão é de que todo estado esteja na fase amarela do plano de reabertura da economia, por isso a expectativa de recomeço das aulas presenciais, com limitação.
As aulas deverão terminar no fim de dezembro ou começo de janeiro. As medidas vão valer para a rede pública e privada de todo o estado, em todos os níveis de ensino, um universo total de 13 milhões de estudantes.
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