Educação

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Diretor da FAI reconhece que instituição e a Polícia erraram no caso do trote

Márcio Cardim fala em punição exemplar aos responsáveis pelos atos

Foto: Daniel Torres Foto: Daniel Torres

ADAMANTINA - O diretor geral das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), Márcio Cardim, falou pela primeira vez sobre os trotes que terminaram com pelo menos quatro vítimas na última segunda-feira, 2.

Cardim explicou que a FAI contratou seguranças particulares para inibir qualquer tipo de trote dentro da faculdade e lembrou que os atos aconteceram fora da instituição.

“Já abrimos uma sindicância administrativa e, juntamente com a Polícia local, estamos fazendo todas as averiguações. A FAI tem disponibilizado [à Polícia] todas as fotos e vídeos que registram as ações”, destacou Cardim.

O diretor da FAI pregou, ainda, que os autores do trote deverão ser punidos de forma exemplar.

“Nós precisamos que a instituição [FAI] puna esses criminosos. Essas pessoas praticaram o ato como alunos da FAI. Por isso, precisam ser tratados dentro da instituição como pessoas que não merecem estar inseridas dentro dessa sociedade. A FAI deverá punir os responsáveis, de forma exemplar, expulsando-os do quadro de discentes da instituição”, garantiu Cardim.

Falhas

Cardim reforçou que dentro do Campus da FAI nada aconteceu e lembrou que, fora dos portões da faculdade, não havia como controlar por se tratar de área pública.

O diretor ressaltou ainda que se surpreendeu com o número de pessoas que estavam nas imediações da faculdade e voltou a falar em duas penas para os autores do trote.

“Essas pessoas têm que ficar na cadeia, pois isso não é uma ação de pessoa que conviva em uma sociedade”, disse.

Ainda sim, Cardim reconheceu que houve falhas tanto da faculdade como da Polícia Militar.

“Nem a Polícia imaginava que o número que se concentraria em frente o Campus fosse tão grande. Todos foram pegos de surpresa. Controlamos dentro da instituição e fora da FAI não houve esse controle, mas acredito, sim, que houve falhas tanto da instituição como da Polícia Militar”, garantiu.

“Vamos corrigir isso, pois vamos acabar com o trote dentro da nossa instituição”, emendou Cardim.

Apoio às vítimas

Márcio Cardim garantiu que a FAI tem dado suporte às vítimas e não acredita que as vítimas venham a desistir do curso.

“Temos dado suporte aos alunos e familiares. Nossa diretoria pedagógica e jurídica tem entrado em contato com todas essas pessoas. Não acredito que haja essa pretensão por parte deles [as vítimas] em desistir [do curso]. Foi um fato lamentável, mas vamos punir os responsáveis para que isso não aconteça mais em nossa instituição”, finalizou Cardim.

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