Economia

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Varejo do Oeste Paulista perde cerca de R$ 101 milhões por ano com feiras ilegais

As feiras não legalizadas podem chegar a movimentar cerca de R$ 2,8 milhões por dia de funcionamento

REGIONAL - Na mesma proporção que as feiras itinerantes não regularizadas se multiplicaram pelo Estado de São Paulo nos últimos anos, aumentaram também os prejuízos causados pelo mercado informal ao varejo, à arrecadação de impostos e à geração de emprego.

Somente no Oeste Paulista as feiras não legalizadas podem chegar a movimentar cerca de R$ 2,8 milhões por dia de funcionamento – o equivalente ao faturamento de um dia do comércio formal dos setores de vestuário, tecidos, calçados, eletrodomésticos, eletrônicos, lojas de departamento, móveis e artigos de decoração, os mais afetados pela informalidade.

Se as feiras funcionarem uma vez por mês, ao longo de um ano, em todos os municípios da região, podem faturar mais de R$ 33 milhões. Se elas ocorrerem três vezes por mês, frequência mais comum atualmente, o faturamento pode chegar a R$ 101 milhões ao final de um ano todo.

O presidente do Sincomercio (Sindicato do Comércio Varejista da Nova Alta Paulista) Sergio Vanderlei da Silva, explica que, normalmente, as feiras itinerantes ilegais são realizadas aos finais de semana e antes de datas comemorativas, ou seja, períodos de maior movimento no varejo formal. “Com a diminuição do faturamento, o comércio regular desacelera seu crescimento e diminui o potencial de criação de vagas de emprego”, afirma.

De acordo com as estimativas da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), se as feiras ocorrerem três vezes ao mês, ao longo de um ano, 865 empregos deixam de ser criados no varejo formal.

A informação divulgada pela entidade é um alerta para a região, principalmente pelo aumento do desemprego. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontam que no mês de maio somente Adamantina e Osvaldo Cruz tiveram saldo positivo, gerando apenas 37 novas oportunidades de trabalho na microrregião.

Um dos motivos que levam os consumidores às feiras ilegais são os preços mais baixos, pois, muitas vezes, os produtos são oriundos de cargas roubadas ou que simplesmente não recolhem ICMS, impactando negativamente os cofres públicos.

Já os prejuízos pela não arrecadação de impostos, considerando que as feiras aconteçam três vezes por mês em um ano, podem variar entre R$ 4 milhões (considerando empresas com alíquotas de 4%), R$ 5,5 milhões (alíquota de 5,47%) e R$ 6,9 milhões (para empresas de pequeno porte com alíquota de 6,84%).

Normalmente as feiras itinerantes se instalam em municípios pequenos, como na microrregião de Adamantina, em Mariápolis.

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