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Economia

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Ranking de investimentos coloca o Oeste Paulista na 'rabeira' do Estado

Em 2016, conforme a pesquisa realizada pela Fundação Seade, foram anunciados US$ 3 milhões para a região de Presidente Prudente

REGIONAL - A Região Administrativa de Presidente Prudente é a última colocada na Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp), com apenas US$ 3 milhões de investimentos anunciados, em 2016. O Oeste Paulista só está à frente das RAs de Itapeva e Registro, que não tiveram nenhum valor anunciado no ano passado. Os dados foram divulgados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), nesta segunda-feira (17).

Ainda de acordo com as informações da Piesp, no Estado, foram identificados 401 investimentos feitos pelas empresas em 2016, totalizando US$ 8 bilhões. Porém, no primeiro trimestre de 2017, as informações preliminares (sujeitas a confirmação) mostram que foram captados 238 anúncios de investimentos, registrando redução de 11,2% em relação ao quarto trimestre de 2016.

“A Piesp capta, diariamente, notícias divulgadas na imprensa sobre investimentos de empresas públicas e privadas. Em seguida, as informações contidas nos artigos publicados são confirmadas e complementadas em contato feito com as empresas responsáveis pelos investimentos”, explicou a Seade.

As informações levantadas pela pesquisa sobre o período de duração dos investimentos anunciados em 2016 mostram que eles são de curto e médio prazos, assim, US$ 4,9 bilhões (60,7% do total) foram recém-concluídos ou têm previsão de término até 2018 e outros US$ 3,1 bilhões (38,6%) deverão ser finalizados no período 2019-2021. Não se tem informação sobre o ano de término do empreendimento em apenas 0,7% dos investimentos (US$ 60,0 milhões).

A pesquisa revelou, também, que empresas controladas por capital estrangeiro continuaram a destinar montantes expressivos para implantação de unidades ou expansão/modernização daquelas já existentes em território paulista, visando a ampliar a capacidade produtiva e a competitividade nos mercados doméstico e internacional.

Dos recursos totais noticiados em 2016, 40,4% (US$ 3,3 bilhões) referem-se a investimentos em infraestrutura; 39,9% (US$ 3,2 bilhões) aos serviços; 17,5% (US$ 1,4 bilhão) à indústria; 2,0% (US$ 157,5 milhões) ao comércio; e os 0,2% restantes (US$ 15,0 milhões) a outros setores.

Valores

Pela ordem de investimento, a Região Metropolitana de São Paulo é a primeira, com US$ 3.028,8 bilhões, seguida da RA de Campinas (US$ 1.359,7 bilhão), da RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte (US$ 358,9 milhões), da RA de Sorocaba (US$ 337 milhões), da RM da Baixada Santista (US$ 267,4 milhões), da RA de Barretos (US$ 119,9 milhões), da RA de Ribeirão Preto (US$ 81,8 milhões), da RA de Bauru (US$ 72,8 milhões), da RA de Araçatuba (US$ 29,5 milhões), da RA de São José do Rio Preto (US$ 26,5 milhões), da RA Central (US$ 25 milhões), da RA de Marília (US$ 17,9 milhões), da RA de Franca (US$ 13 milhões) e da RA de Presidente Prudente (US$ 3 milhões), além da RA de Itapeva e da RA de Registro, que não tiveram nenhum valor de investimento anunciado específico.

No mapa feito pela Piesp, as regiões foram divididas por cores, de acordo com os valores dos investimentos detectados. Antes do último patamar "Não houve investimentos anunciados", está o grupo de "Menos de US$ 20 milhões", em que aparecem as RAs de Franca, Marília e Presidente Prudente.

Porém, mesmo dentro deste grupo, a diferença entre Presidente Prudente e Marília é de US$ 14,9 milhões e entre Presidente Prudente e Franca chega a US$ 10 milhões.

Desses US$ 3 milhões investidos no Oeste Paulista, quase todo valor foi para a área de Serviços, com R$ 2,9 milhões (97,8%). A Atenção à saúde humana integrada com assistência social ficou com US$ 1,9 milhão (62,2%) e a Atenção à saúde humana, com US$ 1 milhão (34,6%). Os demais setores listados são Alimentação (1%), Infraestrutura (2,1%), Eletricidade e gás (2,1%), Comércio (0,1%) e Varejo (0,1%).

A região

De acordo com o presidente da União das Entidades de Presidente Prudente e Região (Uepp), Luís Eduardo Minuci, os dados da pesquisa chamam a atenção, mas ele destacou que são a respeito de investimentos anunciados e “não os realizados”.

Para ele, para atrair novos investidores são necessários dois fatores. Primeiro, a realização de um plano de desenvolvimento e a união de todos os segmentos direcionados à realização de ações concretas.

“Temos um plano de desenvolvimento realizado pela Geo Brasilis com apoio do governo estadual, seria um ponto de partida, baseado nas capacidades municipais e regional. A Uepp busca direcionar as ações para o desenvolvimento, com foco em diversos segmentos como logística, como transporte ferroviário e aéreo neste momento, e na organização de entidades que congreguem diversos segmentos e diversos outros setores. Sempre em ações que possam promover o desenvolvimento regional com participação consciente de toda a sociedade”, explicou ao G1.

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